Prova obrigatória, será?

A Câmara dos deputados analisa o Projeto de Lei 6867/10 do deputado Paes de Lira (PTC-SP), que cria um exame de avaliação de conhecimento para todos os profissionais da área de saúde, similar ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

O exame seria aplicado em duas fases aos profissionais da área de saúde logo após a formatura e ficaria sob responsabilidade dos conselhos federais de cada categoria. Somente quem fosse aprovado poderia exercer a profissão.

Segundo o deputado Paes de Lira esta seria a melhor forma de qualificar o ensino na área. O parlamentar cita dados do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que realiza exames facultativos. Em 2009, 56% dos candidatos, formandos de Medicina, foram reprovados na primeira etapa da prova e por três anos consecutivos, a maioria dos participantes não chegou à segunda etapa.

Fonte:
Link do Projeto da Camara
Notícia no Jornal Hoje

O que é um(a) Doula?

A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto.

O que a doula faz?
Antes do parto a ela orienta o casal sobre o que esperar do parto e pós-parto. Explica os procedimentos comuns e ajuda a mulher a se preparar, física e emocionalmente para o parto, das mais variadas formas.
Durante o parto a doula funciona como uma interface entre a equipe de atendimento e o casal. Ela explica os complicados termos médicos e os procedimentos hospitalares e atenua a eventual frieza da equipe de atendimento num dos momentos mais vulneráveis de sua vida. Ela ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, etc..
Após o parto ela faz visitas à nova família, oferecendo apoio para o período de pós-parto, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o bebê.


A doula e o pai ou acompanhante
A doula não substitui o pai (ou o acompanhante escolhido pela mulher) durante o trabalho de parto, muito pelo contrário. O pai muitas vezes não sabe bem como se comportar naquele momento. Não sabe exatamente o que está acontecendo, preocupa-se com a mulher, acaba esquecendo de si próprio. Não sabe necessariamente que tipo de carinho ou massagem a mulher está precisando nessa ou naquela fase do trabalho de parto.

Eventualmente o pai sente-se embaraçado ao demonstrar suas emoções, com medo que isso atrapalhe sua companheira. A doula vai ajudá-lo a confortar a mulher, vai mostrar os melhores pontos de massagem, vai sugerir formas de prestar apoio à mulher na hora da expulsão, já que muitas posições ficam mais confortáveis se houver um suporte físico.

O que a doula não faz?
A doula não executa qualquer procedimento médico, não faz exames, não cuida da saúde do recém-nascido. Ela não substitui qualquer dos profissionais tradicionalmente envolvidos na assistência ao parto. Também não é sua função discutir procedimentos com a equipe ou questionar decisões.

Vantagens
As pesquisas têm mostrado que a atuação da doula no parto pode:
diminuir em 50% as taxas de cesárea;
diminuir em 20% a duração do trabalho de parto;
diminuir em 60% os pedidos de anestesia;
diminuir em 40% o uso da ocitocina;
diminuir em 40% o uso de fórceps

Extraído do blog: Fisio e Doula

Pré-eclâmpsia

Pré-eclâmpsia, como ela aparece?, Quais são os riscos, perigos, sintomas, quais cuidados a gestante deve tomar?

-O que é: é o aumento da pressão arterial, que poe ocorrer na segunda metade da gravidez.

-Como Identificar? Para saber que uma mulher sofre de pré-eclampsia, além dos sintomas descritos abaixo, deve-se monitorar sua pressão sangüínea com freqüência e testar níveis anormais de proteína na urina no período dos três últimos meses de gravidez.

-Fatores de riscos: primeira gestação, espaço de dez anos entre duas gestações,gravidez após os 40 anos, obesidade, problemas do sistema circulatório, hipertensão,lúpus, diabetes, gravidez de gêmeos ou mais e histórico familiar.

-Perigos: se não for tratada precocemente, pode prejudicar a gestação e trazer riscos de morte tanto para mãe quanto para o bebê, a pré-eclâmpsia pode impedir a circulação sanguínea para a placenta.

-Sintomas: dores de cabeça persistentes, dores nas costelas, visão embaçada, vômitos, inchaçonos pés e mãos e convulsões.


-Cuidados: o tratamento consiste em repouso, diminuição do sal na comida, maior consumo deágua e rigorosa vigilância pré-natal, evitar o uso de diuréticos e hipotensores. Nos casos graves , é necessária a internação, fará uso de anticonvulsivante e medicação antihipertensiva. Adiantar o parto entre a 38a ou 39a semanas com fórcipes de alívio ou cesárea, pode-se usar anestesia de condução, desde que as plaquetas estejam baixas.

-Prevenção: com exame pré-natal adequado, ganho de peso entre 8 e 12 quilos, alimentação balaceada e acompanhamento médico especializado em gestação de alto risco.

Pré-eclampsia leve – A pressão arterial fica entre 140/90 mmHg e 159/109 mmHg, e não existe sintomas neurológicos.

Pré-eclampsia severa – A pressão arterial é maior ou igual a 160/110 mmHg, e há sintomas neurológicos.

Fonte: Mulheres Grávidas

Anatomo-Neurofisiologia da micção

Para o adequado funcionamento do trato urinário inferior da mulher, a uretra e a bexiga devem atuar de forma coordenada. Assim, na fase de enchimento a bexiga permanece relaxada e a musculatura uretral contraída, sendo o inverso na micção. Para que esse sincronismo ocorra é indispensável a interação de numerosos arcos reflexos e circuitos nervosos. Como o conhecimento deste mecanismo é essencial para a compreenção dos distúrbios uroginecológicos, analisaremos os principais aspectos da neurofisiologia da micção.

Os neurônios motores da bexiga e da uretra estão localizado no seguimento sacral da medula espinal (S2-S4) e são coordenados pelo centro pontino da micção e pelos núcleos da base do cérebro. Já o controle voluntário da micção se faz no córtex da face lateral do lobo frontal. A substância reticular pontomesencefálica, por sua vez, coordena a micção como um todo, mas é o centro cortical que determina o início, o retardo e o término da micção.

O centro pontino da micção está localizado nas regiões medial e dorso lateral da ponte (centro de Barrington) e sua lesão pode levar a retenção urinária. Sua estimulação aumenta a pressão vesical, diminui a pressão uretral e diminui a atividade elétrica do assoalho pélvico. O relaxamento da uretra ocorre por inibição dos neurônios motores sacrais do esfíncter uretral.

Na ponte existe também o centro esfincteriano ou da continência, sendo que através do trato retículo-espinal os impulsos chegam ao núcleo de Onuf na medula sacral. A sua estimulação aumenta a pressão uretral, sendo que sua lesão pode causar incontinência urinária.

Os principais núcleos da base envolvidos com a micção são: putámen, globo-pálido, núcleo caudado e as células da substância nigra. A principal função destes núcleos é modular o tônus do esfíncter uretral externo e sua disfunção pode ser vista na Doença de Parkinson, em que as alterações degenerativas dos neurônios diminuem a dopamina local, originando hiperatividade do detrusor.

A função do tálamo na micção ainda não foi totalmente esclarecida, sabe-se que o núcleo ventral póstero-lateral é responsável pela integração das informações entre os axônios sensoriais e o córtex.

O sistema límbico, localizado no lobo temporal, é composto pela amigdala, hipocampo e giro ungulado. Sua estimulação facilita ou deprime a atividade da bexiga, influenciando a micção, o que pode ser notado pela vontade constante de urinar associada ao estresse ou nervosismo.

O hipotálamo está relacionado ao início do ato de urinar: a área pré-óptica envia fibras para o córtex cerebral e para o centro pontino da micção.

O cerebelo recebe informações sensoriais da bexiga e do assoalho pélvico, sendo importante na manutenção do tônus do assoalho pélvico e na coordenação entre contração do detrusor e relaxamento do esfíncter. O cerebelo participa, também, ativamente da coordenação dos vários músculos envolvidos no ato da micção, mantendo o equilíbrio do corpo.

A musculatura lisa da bexiga, a região uretro-trigonal, e a uretra proximal são inervadas por fibras do plexo-pélvico que está localizado profundamente na cavidade pélvica e é composto por fibras mescladas dos nervos pélvicos (parassimpático) e dos nervos hipogástricos (simpático). As fibras parassimpáticas originam-se na substância cinzenta da medula sacral (S2-S4), possuem vários gânglios próximos a bexiga e fibras pós-ganglionares curtas. Já os nervos hipogástricos (inervação simpática eferente) tem origem na região lateral da substancia cinzenta da medula entre T10 e L2. O nervo pudendo, que inerva o esfíncter uretral externo, tem sua origem no núcleo de Onuf, no corno ventral do segmento sacral da medula S2-S4. Todo controle somático (motor) dependente da vontade é exercido pelo nervo pudendo.

As fibras aferentes (sensitivas) da bexiga e da uretra estão nas ramificações do plexo pélvico e atingem a medula espinal via nervos pélvicos ou hipogástricos. Dividem-se em dois grupos: I) Fibras nocioceptivas, responsáveis pela sensibilidade dolorosa, chegam pelas raízes S2 à S4 à substância cinzenta póstero-lateral, daí pelos tratos espinotalâmicos laterais atingem o tálamo e o córtex. II) Fibras proprioceptivas, relacionadas à percepção da distensão vesical, originam-se no detrusor e seguem pelo plexo hipogástrico até T10 - L2 na medula, daí para a ponte e para o córtex.

Na fase de enchimento vesical, a continência é mantida pela complacência vesical associada à total inibição dos impulsos eferentes parassimpáticos e ativação dos eferentes simpáticos e somáticos. O córtex cerebral envia impulsos descendentes inibitórios para o centro pontino e para o nervo pélvico (parassimpático) relaxando odetrusor e impulsos excitatórios para o nervo hipogástrico (simpático) e nervo pudendo aumentando a resistência uretral.
Os impulsos aferentes vesicais ativam, também, os motoneurônios do núcleo de Onuf, aumentando a atividade tônica do esfíncter uretral e, por conseguinte, a resistência da uretra.

Na micção voluntária há queda da atividade dos músculos do assoalho pélvico e da pressão uretral, que precedem a contração do detrusor. Ocorre a liberação do centro pontino, que envia impulsos para a medula sacral, ativando neurônios parassimpáticos desencadeando, assim, a contração do detrusor.

Simultaneamente impulsos da ponte inibem motoneurônios pudendos (núcleos de Onuf) que inervam o esfíncter uretral estriado, relaxando-o. Iniciada a contração do detrusor, a descarga aferente gerada pela tensão na parede vesical reforça o reflexo miccional. O fluxo de urina pela uretra facilita o esvaziamento, pois também estimula a contração do detrusor. Quando a micção está chegando ao fim, o assoalho pélvico se contrai e eleva o colo vesical, que se fecha e a pressão do detrusor cai.

Nota-se desta maneira, que o controle neurológico, neurofarmacológico e neurofisiológico do trato urinário inferior é complexo e muitas questões ainda não foram solucionadas, o que permite um amplo espaço para pesquisa nesse campo

Extraído do site: www.uroginecologia.com.br

Fisioterapia na Incontinência urinária

De forma geral a incontinência urinária (ou IU) ocorre quando, a pressão dentro da bexiga excede aquela que se verifica dentro da uretra ou seja há um aumento considerável da pressão para urinar dentro da bexiga, isso ocorre durante a fase de enchimento do ciclo de micção.Para compreender a incontinência urinária, seria útil compreender o processo da micção. A micção, explica o especialista, é controlada por nervos e músculos do sistema urinário.

O trato urinário inclui os rins (os quais filtram o sangue e excretam os produtos finais do metabolismo do corpo como urina), os ureteres (tubos que conduzem a urina dos rins à bexiga), a bexiga (o saco que serve como reservatório de urina), a próstata em homens (a glândula envolvida na produção de sêmen) e a uretra (tubo que conecta a bexiga ao exterior do corpo).



Quando você não esta urinando, os músculos dos esfíncteres externo e interno da uretra mantém o tubo uretral fechado. Pequenas quantidades de urina são continuamente esvaziadas na bexiga pelos ureteres a cada 10 a 15 segundos. Logo, a urina acumula na bexiga e quando a bexiga está cheia, o cérebro envia sinais para os músculos da bexiga contrair e aqueles da uretra relaxar, permitindo, então, ocorrer a micção.


A incontinência ocorre quando o estoque e o esvaziamento da urina da bexiga não funcionam de uma maneira coordenada. Esta falta de coordenação entre os processos de estoque e esvaziamento é devido a um mau funcionamento dos nervos e músculos da bexiga ou uretra. Em mulheres, a incontinência pode também ser causado por uma perda de suporte da bexiga e uretra, esclarece o médico.A incontinência urinária também pode ser designada de Enurese. E ocorre com certa frequência à noite, principalmente entre os idosos.

Dia 14 de Março é considerado o Dia Mundial da Incontinência Urinária

Tipos
Existem vários tipos de IU. Os três mais comuns são:
Bexiga hiperativa, causada por contrações inadequadas do músculo detrusor durante a fase de armazenamento do ciclo miccional - Processo inical anterior ao ato de urinar;
Incontinência de esforço, relacionada com a disfunção do esfíncter uretral, ou seja um afrouxamento muscular do esfíncter;
Incontinência mista, que resulta da combinação destas duas situações.
Há outros tipos de IU que incluem:

Incontinência de sobrefluxo - Quando o excesso de urina normalmente retido na bexiga, sai involuntáriamente;
Gotejamento pós-miccional - Causado em parte por disfunção do esfíncter;
Incontinências diurna e noturna (enurese noturna), nas crianças - Ocorre com maior frequencia em crianças devido a um estado emocional de insegurança por exemplo ou inflamação da bexiga.



Para um diagnóstico preciso da incontinência urinária vários instrumentos podem ajudar:

- História clínica;
- Exame físico;
- Exames complementares;
- Teste do absorvente;
- Diário miccional;
- Resíduo pós-miccional;
- Cistoscopia;
- Avaliação radiológica;
- Avaliação urodinâmica.

Fatores de Riscos
Obesidade, paridade, fumo, ingestão de líquidos, medicamentos que atuam no sistema nervoso central e no trato urinário, hipoestrogenismo e cirurgia pélvica prévia. Outras condições que levam à incontinência, que devem ser investigadas, são: infecções do trato urinário, neoplasia vesical, litíase vesical, obstrução infravesical, fatores emocionais e sinais que podem sugerir doenças neurológicas5.

Tratamento
Existem muitas opções diferentes disponíveis para o tratar a incontinência urinária. O médico é o "expert" em definir qual a opção mais adequada para as necessidades individuais de cada paciente. Neste caso , o médico recomendará uma opção apropriada ou outras opções baseadas nos resultados dos exames realizados.

Alguns dos tratamentos disponíveis incluem: medicações (que tratam a incontinência melhorando a função dos nervos ou músculos da bexiga ou uretra), terapia comportamental (algumas mudanças no comportamento e/ou estilo de vida visando à continência), retreinamento vesical (urinar com horário marcado), fisioterapia (exercícios para musculatura pélvica e perineal) e procedimentos cirúrgicos (são usualmente recomendados em casos mais graves de incontinência, são usados para reparar lesões, anormalidades ou mau funcionamento dos músculos ou tecidos do trato urinário).

Fisioterapia Pélvica - São exercícios para a musculatura da pélvis que visam conter a hiperatividade da bexiga. Em geral, recomenda-se fazer esse tratamento por cerca de três meses e, após esse período, o paciente deve ser reavaliado.

Eletro Estimulação - Nesse caso, dispositivos são inseridos na vagina, no reto ou na superfície (como a perna) e, através de uma espécie de choque elétrico, diminui-se a hiperatividade da bexiga. Assim como a terapia comportamental e a fisioterapia pélvica, é necessária a realização desse tratamento por três meses para avaliar seu sucesso ou, caso não tenha dado os resultados esperados, mudar de método

Neuromodulação - Nesse tratamento, um pequeno aparelho, com aproximadamente cinco centímetros, é colocado no abdômen e, ao causar pequenos choques elétricos, controla a ação da bexiga. O aparelho possui uma bateria com longa duração, mas é necessário fazer a manutenção de tempos em tempos.

Se os tratamentos médicos ou cirúrgicos falham, há alternativas para assegurar um bem - estar e conforto para o paciente. Entre estas alternativas, estão o uso de absorventes (fraldas descartáveis), inserção de um pequeno tubo (cateter) para mecanicamente drenar a urina da bexiga, e uso de equipamentos externos para coletar urina, comenta o especialista.

Recomendações:
• Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;
• Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50, 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhorará muito;
• Considere os fatores que levam á incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;
• Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.

Fisioterapia na Reeducação Sexual


Parto Humanizado

A humanização do parto não significa mais uma nova técnica ou mais conhecimento, mas, sim, o respeito à fisiologia do parto e à mulher.

Muitos hospitais e serviços médicos ignoram as regulamentações exigidas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, seja por querer todo o controle da situação do parto, por conveniência dos hospitais em desocupar leitos mais rápido ou por comodidade de médicos e mulheres em que no mundo atual não se pode perder muito tempo.

Mas a ciência vem comprovando que o excesso de intervenções tecnológicas durante o parto pode não ser tão seguro em partos de baixo risco.

Já se provou que as parteiras são mais seguras que os médicos nos nascimentos de baixo risco, e que neste mesmo nascimento de baixo risco o parto domiciliar ou em Casas de Parto são tão seguros quanto os realizados nos hospitais e maternidades, com a vantagem de não realizarem tantas intervenções, pois o parto é mais natural.

O acompanhamento familiar deixa a parturiente mais tranqüila, tornando o parto mais seguro, ao constatar que a equipe especializada dos hospitais não consegue oferecer o suporte emocional que a parturiente necessita.

A posição deitada substituiu o parto vertical para melhor controle médico, mas a posição vertical é mais segura tanto para a mamãe quanto para o bebê, além de ser mais rápida. A presença do bebê junto à mãe após o parto é tão ou mais importante para o vínculo afetivo dos dois do que os exames realizados no bebê depois do parto e longe da mãe.

Mais do que após o parto, a presença do bebê junto à genitora no quarto é fundamental para o conhecimento de ambos, maior vínculo afetivo e amamentação prolongada. O leite artificial substituiu o leite materno e está provado que o aleitamento materno é superior nas suas qualidades.

Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos. O médico deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível.

É a mulher que deve escolher onde ter o bebê, qual acompanhante quer ao seu lado na hora do trabalho de parto e no parto, liberdade de movimentação antes do parto e em que posição é melhor na hora do nascimento, direito de ser bem atendida e amamentar na primeira meia hora de vida do bebê. Para isso, é fundamental o pré-natal.

A dor é entendida como uma função fisiológica normal que pode ser aliviada com métodos não-farmacológicos amplamente embasados, mas não quer dizer que a mulher não tenha a escolha de optar pelo uso de analgesia.

Isso não significa que o parto cesárea ou com intervenção médica não possa ser humanizado. O parto cesárea existe para salvar vidas, mas não deve ser a grande maioria dos partos como acontece hoje e sim como em último caso. Isso também deveria acontecer com as intervenções médicas que somente devem ser aplicadas quando necessárias ou quando de escolha da mulher se bem orientada quanto a essas intervenções.

O Parto Humanizado significa direcionar toda atenção às necessidades da mulher e dar-lhe o controle da situação na hora do nascimento, mostrando as opções de escolha baseados na ciência e nos direitos que ela tem.

Extraido do site: Guia do Bebê

Fisioterapia na cólica Menstrual ou Dismenorréia

Dismenorréia, também conhecida como cólica menstrual, é uma dor pélvica que ocorre antes ou durante o período menstrual, que afeta cerca de 50% das mulheres em idade fértil. Pode ser primária ou secundária, dependendo da existência ou não de alterações estruturais do aparelho reprodutivo.

Fatores de risco - A maioria das mulheres irá sofrer deste grau de debilitação pelo menos uma vez durante sua época reprodutora. O risco aumentado está associado com idade mais jovem e histórico médico de qualquer uma das enfermidades associadas com a dismenorréia secundária.
Primária: - Nuliparidade (nunca ter tido filhos), Obesidade, Tabagismo, Histórico familiar positivo.
Secundária: Infecção pélvica - Doenças sexualmente transmissíveis, Endometriose.

Dismenorréia primária
Fisiopatologia - A dismenorréia primária ocorre durante os ciclos ovulatórios normais. Mulheres com dismenorréia primária têm a atividade do músculo uterino aumentada com aumento da contractilidade e freqüência das contrações. Prostaglandinas são lançadas durante a menstruação devido à destruição das células endometriais e ao lançamento resultante de seus conteúdos.
Acredita-se que a liberação de prostaglandinas e de outros mediadores inflamatórios no útero é um dos principais fatores causadores da dismenorréia (Wright et al. 2003). Os níveis de prostaglandina mostraram-se ser muito maiores em mulheres com dor menstrual aguda do que em mulheres que apresentam pouca ou nenhuma dor menstrual. Drogas que inibem a produção de prostaglandinas, como os anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) Naproxeno, Ibuprofeno e Ácido mefenâmico, podem proporcionar alívio para o desconforto e outros sintomas associados à liberação excessiva de prostaglandinas, como náusea, vômito e dor de cabeça.

Aspectos clínicos - A cólica associada com a dismenorréia geralmente começa poucas horas antes de iniciar o sangramento e pode continuar por alguns dias. A dor geralmente é descrita como sendo na porção inferior do abdômen, possivelmente se irradiando para as pernas e região lombar. Outros sintomas associados à dismenorréia primária são náusea e vômito, diarréia, lombalgia e enxaqueca.

Tratamento - Drogas anti-inflamatórias não-esteróides (AINEs), como o ibuprofeno e naproxeno, são muito eficientes no tratamento da dismenorréia primária (Andreoli et al. 2004). Como já foi afirmado, a sua eficiência é devido à sua habilidade em inibir a síntese de prostaglandinas. Entretanto, muitos AINEs podem causar transtornos gastrointestinais como efeitos colaterais. Os contraceptivos orais às vezes também são indicados, já que eles reduzem o fluxo menstrual e inibem a ovulação.
Os contraceptivos orais são uma terapia de segunda-linha a menos que a mulher também esteja buscando contracepção, neste caso eles seriam uma terapia de primeira-linha. Os contraceptivos orais são 90% eficientes em melhorar a dismenorréia primária e funcionam ao reduzir o volume de sangramento menstrual e inibindo a ovulação. Pode levar até 3 meses para que os contraceptivos orais tornem-se eficientes. Norplant e Depo-provera são também eficientes já que estes métodos freqüentemente induzem a amenorréia.

Tratamentos alternativos
Para os 10% dos pacientes que não respondem aos medicamentos satisfatóriamente aos AINEs e/ou contraceptivos orais, uma ampla variedade de terapias alternativas tem provado ser eficientes, incluindo estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), acupuntura, ácidos graxos ômega-3, nitroglicerina transdérmica, thiamine, e suplementos de magnésio.

A acupuntura é usada para tratar a dismenorréia, e estudos revelaram que ela "reduziu a percepção subjetiva da dismenorréia" (Jun/2004). Entretanto o pequeno número de estudos deixam ainda dúvidas sobre a eficiência da acupuntura para problemas ginecológicos (White 2003).

A quiropraxia tem sido sugerida como um tratamento de aproximação (Chapman-Smith, 2000). Pressupões-se que tratar subluxações na espinha pode fazer com que os nervos que saem da espinha se tornem menos agravados e então diminuindo os sintomas da dismenorréia assim como outros sintomas como dores estomacais crônicas e dores de cabeça. Entretanto a revisão sistemática mais atual de estudos publicados concluiu que não há evidência que a manipulação da espinha é mais efetiva que uma manipulação falsa (placebo) (Proctor et al., Cockraine review 2006).

Dismenorréia secundária - Fisiopatologia - Os mecanismos que causam a dor da dismenorréia secundária são variados e podem ou não envolver prostaglandinas. Algumas causas da dismenorréia secundária são endometriose, inflamação pélvica, fibroma, adenomiose, cistos ovarianos e congestões pélvicas (Hacker et al. 2004). A presença de um DIU (dispositivo intra-uterino) para contracepção também pode ser uma potencial causa da dor menstrual, embora o DIU geralmente leve a dor pélvica somente no momento de sua inserção. Algumas mulheres também consideram que o uso de absorvente interno aumenta as cólicas e a dor.

Aspectos clínicos - Os sintomas da dismenorréia secundária podem variar de acordo com a sua causa, mas geralmente a dor associada com a dismenorréia secundária não é limitada ao tempo entre as menstruações como a dismenorréia primária. Além disso, a dismenorréia secundária é menos relacionada ao início do sangramento na menstruação, é mais observada em mulheres mais velhas, e é associada a outros sintomas como a infertilidade.


O tratamento mais efetivo para a dismenorréia secundária é a identificação e o tratamento das causas da dor, embora o alívio proporcionado pelos AINEs pode frequentemente ser útil.

A primeira linha de tratamento é médica (por exemplo, inibidores da sintetase de prostaglandinas, contracepção hormonal, danazol, progestinas). Se possível, a desordem causadora ou anormalidade anatômica é corrigida, conseqüentemente aliviando os sintomas. A dilatação de um orifício externo do útero que for estreito pode dar um grande alívio (e permite diagnosticar se uma curetagem uterina é necessária). Miomectomia, polipectomia ou dilatação e curetagem podem ser necessários. A interrupção dos nervos uterinos por neurectomia pré-sacral e a divisão dos ligamentos sacrouterinos pode ajudar determinados pacientes. A hipnose também pode ser útil. As técnicas de Medicina tradicional chinesa fazem parte das diversas formas de combater a Dismemorreia.

Problemas relacionados:
Tensão pré-menstrual (TPM)
Stress e ansiedade
Doença inflamatória pélvica
Adenomiose
Histórico de abuso físico ou sexual
Miomatose
Cistos ovarianos
Endometriose


A endometriose é uma causa comum da dismenorréia secundária. De fato, em aproximadamente 24% das mulheres que reclamam de dor pélvica é descoberta posteriormente uma endometriose. Este problema geralmente está associado com a infertilidade. Se o alívio da dor for o objetivo, as opções médicas incluem contracepção hormonal, danazol, agentes progestacionais, e agonistas do GnRH.

Extraído do site: Wikipédia

Amamentação e complicações


A amamentação é identificada como um processo natural que sofre influências de diversos fatores biológicos, culturais,socioeconômicos, entre outros, e mesmo com as vantagens reconhecidas e benefícios largamente demonstrados, a prevalência de aleitamento materno sofreu reduções ao longo das últimas décadas do século 20(5). O desmame precoce é um importante problema de saúde pública, em todo mundo, e relacionado a fatores como idade materna, primiparidade, baixo nível
de escolaridade, uso precoce de fórmulas lácteas, chupetas, trabalho materno, urbanização, tabagismo,falta de incentivo da família, além de sintomas depressivos da mãe, intercorrências nas mamas, hospitalização da criança, entre outros.

A Organização Mundial da Saúde preconiza que a primeira mamada ocorra logo na primeira hora de vida do bebê. Portanto, quanto antes ocorrer, maior será os benefícios da amamentação e menor o risco do desmame precoce.

Um estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Secretaria da Saúde de Queimados (RJ) demonstrou em números o que já se via na prática em maternidades: mulheres que realizam cesariana (parto preferido por muitas mulheres) demoram mais tempo para amamentar seus filhos pela primeira vez.

No parto normal, a demora da primeira mamada é em média 4 horas. Já os bebês nascidos de cesariana demoram cerca de 10 horas para se alimentarem pela primeira vez no peito da mamãe.

A fonoaudióloga Jamile Elias explica por que a amamentação no parto normal é mais rápida.

“É mito dizer que as mamães que fazem cesariana ficam mais cansadas e demoram para se recuperar e poder amamentar. O motivo está na diferença da ação hormonal do organismo das mulheres que realizam parto normal e cesariana”, conta a profissional.

No parto normal, a placenta já está pronta e já está tudo pronto para o bebê nascer. Assim que nasce, todos os hormônios estão em perfeita harmonia e há a descida do leite, facilitando a primeira mamada.

O mesmo não ocorre na cesariana; a placenta pode não estar totalmente madura, desorganizando os hormônios, fazendo com que a descida do leite demore mais, prejudicando a primeira mamada do bebê.

No estudo realizado no RJ apontou ainda que das mamães que realizaram o parto normal, 22,4% amamentaram na primeira hora contra 5,8% das mamães que realizaram cesárea.

Faça pré-natal - Um pré-natal bem feito é condição favorável para que médico e mamãe saibam das condições da gestação e assim optem pelo melhor parto, seja normal ou cesariana.

É fundamental amamentar - Todas as mamães e futuras mamães sabem da importância incontestável da amamentação para seu filho e para a saúde da mãe.

Além de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê e o imunizar com anticorpos passados pelo leite materno, o ato de amamentar ajuda a mamãe a recuperar o corpo mais rapidamente, prevenindo alguns tipos de câncer e o vínculo mãe-bebê se torna mais forte.


Existem algumas razões que podem levar a problemas relacionados com a amamentação, as mais comuns são:

O bebé suga apenas o mamilo, fazendo uma má pega e favorecendo o aparecimento de gretas/fissuras. Evite chuchas ou tetinas antes do bebé estar bem adaptado à mama e deixe que ele abocanhe também parte da aréola;

A criança não suga eficazmente, devido à posição, não conseguindo retirar leite suficiente levando à tensão mamária. Corrija a sua posição e a do bebé durante a mamada;


Cuidados aos mamilos

Durante a amamentação podem surgir alguns problemas como fissuras ou gretas nos mamilos, é importante que actue ao nível da prevenção nomeadamente após a mamada, deverá retirar um pouco do seu leite/colostro, espalhar no mamilo e deixar secar.

Caso já apresente gretas ou fissuras, identifique a(s) sua(s) causa(s):

- Má pega do bebé à mama. Corrija a pega;
- Lavagem excessiva dos mamilos. Basta fazê-lo uma vez ao dia;
- Interromper a sucção do bebé enquanto este mantem o mamilo na boca. Caso queira interromper a mamada, coloque o seu dedo na boca do bebé de modo a desfazer o vácuo permitindo que ele abra a boca e largue o mamilo;
- Má posição do bebé em relação à mama. Corrija a posição;
- Mamilos rasos ou invertidos, podem dificultar a pega do bebé. Pode fazer com que eles fiquem mais proeminentes, com uma seringa, pergunte à enfermeira da maternidade. Se mesmo assim for dificíl o bebé pegar utilize mamilos de silicone;
- Uso inadequado dos discos de amamentação.
Se a fissura/greta já estiver instalada deverá manter a protecção com o seu leite, após deixar secar coloque uma pomada própria para mamilos gretados e posteriormente um disco de amamentação. Os mamilos deverão ser expostos ao ar e ao sol por 5-10 minutos nas horas de menos calor, sempre que possível.


Imposição de um horário para o bebé comer; deixe que o bebé mame em horário livre, isto é, quando ele quiser;

A criança adormece durante a mamada e faz intervalos pequenos, mamando mais frequentemente. Deixe que o seu bebé mame de uma mama até estar satisfeito. Se o seu bebé adormecer pode ser que esteja muito agasalhado, tire-lhe uma peça de roupa e estimule-o de modo a que reinicie a mamada.

Cuidados às mamas
É necessário que dê um bom suporte às mamas desde a gravidez, pois elas vão aumentando de volume.

A “descida” de leite é traduzida na alteração do colostro (nome dado ao primeiro leite) para leite maduro, levando a um aumento do volume e tensão mamária e pode inclusivamente senti-las quentes. Acontece entre 3 a 5 dias após o parto, dependendo das mulheres.

Nestes primeiros dias, cerca de uma semana, poderá sentir algum ingurgitamento mamário, isto revela-se em desconforto e tensão mamária. A partir deste momento o seu leite apresenta mais gordura e saciará mais facilmente o seu bebé, ele deverá mamar de uma mama até a esvaziar, de modo a fazer uma refeição completa, isto é, o leite do início é mais rico em proteínas, vitaminas e minerais sendo diferente do leite do fim que é mais rico em gordura. Se o bebé ainda não estiver satisfeito pode oferecer-lhe da outra mama.

No final da mamada examine a mama e faça uma massagem circular incidente sobre os nódulos de gordura que encontrar.

Se a mama ainda estiver muito tensa pode fazer pachos, isto é, colocar toalhas com água quente e cobrir a mama deixando o mamilo de fora, uma vez que é mais sensível, ou então aplicar gelo sobre a mama, avalie o que é mais eficaz consigo. Depois deve esvaziar a mama até ficar confortável, pode fazê-lo manualmente ou à bomba. Na mamada seguinte comece pela mama que o bebé não mamou ou que mamou em menor quantidade.

Por vezes pode ser que no inicio da mamada a mama esteja tão tensa que o bebé não consiga fazer uma boa pega, neste caso terá de esvaziar um pouco a mama antes de iniciar a mamada, poderá fazer igualmente os pachos para ajudar na drenagem do leite.

A ajuda do pai é fundamental durante a amamentação, poderá aprender também a fazer a massagem, para em casa poder auxiliar a sua companheira, tomando parte integrante na amamentação e cuidados à mãe.

Se este ingurgitamento não for tratado e cuidado o mais rapidamente possível pode surgir outro problema, a mastite. Esta ocorre devido ao bloqueio dos ductos e estáse do leite, apresentando-se sob a forma de mama inchada, vermelha, dorida, febre e mau-estar. Neste caso deverá suspender a amamentação do lado afectado, continuando a fazer esvaziamento manual ou com bomba só para evitar maior ingurgitamento, e contactar o seu médico o mais rápidamente possível para iniciar tratamento.


Vantagens para o Bebê
+ Previne infecções;
+ Efeito protector contra alergias, diz-se ser "a primeira vacina";
+ Adequado à imaturidade do sistema gastrointestinal, sendo de fácil digestão e funcionando como laxante para ajudar o bebé a evacuar;
+ É um alimento completo e capaz de responder a todas as necessidades nutricionais e energéticas do bebé até aos 6 meses de vida;
+ É adaptado à evolução das necessidades do recém-nascido, isto é, o colostro (1º leite) é mais aguado responde às necessidades proteícas e de hidratação passando depois para leite mais gorduroso, para saciar as necessidades energéticas cada vez mais exigentes do seu bebé

Vantagens para a mamãe:
+ Fortalece a relação mãe-filho;
+ Ajuda à contracção do útero para retornar à sua posição normal;
+ Ajuda a mãe a retomar o peso habitual;
+ Associa-se a uma menor probabilidade de ter cancro da mama;
+ É barato;
+ Está sempre preparado e à temperatura ideal;
+ Evita intermediários, possívelmente contamináveis por bactérias.

No entanto existem algumas situações que constituem uma contra-indicação para a amamentação, são elas: mães infectadas com o vírus da SIDA (Ver Complicações e Doenças na Gravidez) ou com tuberculose, mães que façam medicação não compatível com a amamentação, ou recém-nascidos com doenças metabólicas graves.

A produção de leite materno é gerida por hormonas que por sua vez dependendem da estimulação, isto é, quanto mais o bebé for colocado à mama, mais vai estimular e haverá uma maior produção de leite. Daí ser importante que o bebé mame sempre que pedir, para que o seu corpo produza a quantidade de leite própria para ele.

Normalmente as mamadas da noite são substimadas, porque como é natural a mãe está cansada e se for "só um biberão durante a noite não faz mal". No entanto é durante a noite que a hormona responsável pela produção de leite, a prolactina, se encontra mais activa, sendo por isso a mamada nocturna um estímulo importante para a sua produção de leite.


Posições de amamentação

+ Sente-se ou deite-se, como preferir, desde que esteja numa posição confortável, de forma a que fique relaxada;
+ Use uma almofada para apoiar o seu braço caso escolha amamentar sentada;
Coloque o bebé de frente para a mama havendo contacto entre o seu corpo e a barriga da mãe;
+ Ofereça toda a mama, não somente o mamilo;
+ Toque com o mamilo nos lábios do bebé para estimular os reflexos;
+ Espere até a boca da criança estar bem aberta e coloque a mama na sua direcção;
+ Direccione o lábio inferior da criança para a base do mamilo, de modo a que a língua fique por baixo deste e haja contacto do queixo com a mama;
+ Pode manter a sua mão em forma de C para ajudar, evite fazer tesoura pois isso obstrói os canais que transportam o leite.

Fonte: Guia do Bebê, artigo e Vounascer.com

Endermologia

O que é ?

A endermologia é uma técnica aplicada através de aparelho que associa a drenagem linfática e massagem por ultra-som possibilitando assim a eliminação de toxinas.
Esse aparelho, criado há mais de 15 anos na França, realiza uma massagem profunda e estimula a circulação linfática, onde auxilia na redução de medidas e permite também uma reabsorção do edema entre as células e libera endorfina, o que faz com que o paciente tenha uma enorme sensação de bem-estar.

Endermologia é uma técnica criada a partir de experimentações utilizando-se a pressoterapia por pressão negativa, associadas a roletes que empregam pressão positiva simultaneamente, destinadas ao incremento circulatório, tanto venoso quanto linfático, e ainda a massoterapia por “palper roller” (palpar e rolar)19. Em 1970, o francês Louis Paul Guitay sofreu um acidente automobilístico, no qual teve lesões musculares e graves queimaduras com subseqüente aderência cicatricial da pele. Estas lesões foram tratadas por massagem terapêutica com o propósito de restaurar a função muscular e a elasticidade da pele. As sessões tinham duração de 3-4 horas diariamente, em uma rotina qualidade de vida durante o tratamento. Antes e depois dos tratamentos foram realizadas medições morfológicas, fotográicas e as habilidades individuais de cada terapeuta, Guitay desenvolveu um sistema denominado endermologia baseado em um método mecânico de promover as massagens. Durante seu uso terapêutico, os terapeutas rapidamente observaram melhora no aspecto do FEG e alterações na distribuição de gordura corporal em pacientes que tratavam cicatrizes causadas por traumas.

O aparelho é composto de vários cabeçotes, sendo um para cada tipo de tratamento. A aplicação estimula a circulação local, desorganiza as células adiposas e rompe os nódulos fibrosos que caracterizam a celulite, com isso a gordura local também é estimulada e transforma-se em glicerol, substância absorvida pela circulação e eliminada do organismo, restaurando a qualidade do tecido cutâneo.

Alia a tecnologia de ponta do ultra-som contínuo ou pulsante à um sistema de vacuoterapia muito eficiente. É um método não invasivo de uso externo com massageamento por endermosucção, que mobiliza os líquidos do tecido subcutâneo


Saiba um pouco + sobre o assunto com esse video.

Quais são as aplicações da endermologia ?
A principal aplicação da endermologia atualmente é no tratamento de celulite. Por causa associação do ultra-som com a drenagem linfática, que reduz o inchaço, a endermologia proporcionaria melhora na aparência da pele e combate à celulite
A endermologia também promove relaxamento muscular, favorece a circulação, eleva a oxigenação do tecido e estimula a eliminação das toxinas pelo organismo.

Como são as sessões de endermologia?
As sessões de endermologia duram em média 30-45 minutos, geralmente uma a duas vezes por semana. As aplicações são indolores.

Fonte: Copacabana Runners

Equipe vencedora da Gincana - Fisio de Elite

Clique p/ Ampliar
Galera do fundo: Prof. Fabio, Stuart, Ricardo(03), George(04), Girley, Lilian, Quitéria, Milena, Grazi. Galera da frente: Aruany, André, Eu, Iracema, Elane, Cintia, Cristiane, Karla, Dani e Bruno.

Encarnamos o espírito esportivo e comemoramos o Dia do Fisioterapeuta desse magnífico ano de 2010, comemorado no dia 13 de Outubro celebramos fazendo uma gincana na quadra do campus 01 da Unime. Dentre as provas que vencemos estão Melhor Paródia, Melhor Grito de Guerra, Melhor Musico, Melhores notas nas provas teóricas, Melhor nota no Enade, Melhor Arrecadaçãode itens cesta básica e Melhor Coffe Break, alem de Jogos de Perguntas e Respostas, Futebol e Baleado. A gincana estava dividida entre as equipes Branca(vencedora) e Azul. A melhor equipe soube fazer estratégias e usou muito da criatividade.

São eventos como esses que criam uma boa oportunidade de integração, apesar de ter sido organizado em pouco tempo esta experiência não deixa de ter sua importancia em nossas vidas acadêmicas, pois são movimentos como esses que nos motivam, tanto como profissionais como seres humanos. Nos ajudando a fortalecer o envolvimento que temos com essa causa que é a Fisioterapia. A motivação sempre foi e sempre será o ingrediente diferencial do sucesso, tanto em nossas condutas como em nossas vidas.

Parabens Fisioterapêuta!

Hoje é o seu dia, meu dia, nosso dia. Dia de celebrarmos a data da fundação dessa profissão tão importante. Com apenas 41 anos de idade digo que ainda há muito que conquistar. Acho que a missão dessa geração de Fisioterapêutas é abrir novos caminhos tanto para novos profissionais quanto para novos pacientes. Somos nós os responsáveis pelo olho clínico. Só nós podemos dizer onde temos espaço? Onde deviamos estar atuando? Onde precisam de nós?

Só nós temos as respostas para essas perguntas.
Parabens Fisioterapêuta, você é único.

A arte de ensinar


Ser professor não é somente assumir um cargo. Não é porque você é Fisioterapêuta que vai poder sair por aí querendo ser professor. Antes de mais nada você tem que ter didática, que é imprecindível. Não basta saber o assunto, tem que saber ensinar.

O que vejo na minha faculdade é que existe muito lobo vestindo pele de cordeiro, ou seja, são professores que na frente dos superiores e colegas de trabalho se mostram de um jeito e quando é na sala de aula ou nas matérias de estágio, se mostram de outro. Esperteza que garante o emprego mas não o aprendizado do aluno.

Digo por experiência própria que o professor sem didática se compara a uma laranja estragada que põe todo o suco a perder. A turma fica sem perspectiva, agonizando como peixe fora d'agua, com informações confusas, fragmentadas e superficiais. Não há uma orientação digna de se firmar um conhecimento ou uma crítica. Não há como ir bem na prática se você não tem espelho, guia ou modelo pra se nortear.
Nos estágios pela faculdade do curso de Fisioterapia, por vezes ouvimos frases como:
"Você ja viu isso na sala de aula, não lembra?"

Ou seja, o aluno que estiver em dúvida permanece na dúvida e o paciente que ta lá esperando a conduta do estágiario vai sofrer as consequências do descaso do professor e do esquecimento do aluno.

A falta de paciência também é um fator que limita qualquer um discente. O aluno não tem coragem de perguntar porque o professor é bruto, ríspido, grosseiro. Desse modo instala-se um entrave porque o aluno não vai querer se arriscar a passar pelo ridículo. Essa é uma tática usada por professores que não estudam ou não sabem o assunto, ou simplesmente porque são egoístas.
Quem sofre com isso? novamente o paciente porque o aluno revoltado vai fazer tudo sozinho, sem saber direito dos procedimentos, podendo causar algum dano inreversível à saude do paciente.

A maioria dos alunos diante de uma realidade assim entra no jogo: "Faz de conta que você ensina e eu que aprendo". É uma boa estratégia pra passar da matéria mas também é uma jogada inconsequente. Primeiro porque partindo do princípio de ser uma faculdade particular você ja começa daí a jogar o seu dinheiro fora. Segundo, se não há evolução de conhecimento prático de que adianta perder tempo, já que tempo é dinheiro? Terceiro, mais uma vez o paciente sofre com isso pois suas condutas não serão eficientes, suficientes ou dignas de um Fisioterapêuta de verdade. Quarto, a faculdade se queima feio quando forma e coloca no mercado profissionais desse tipo. Quinto, não há como os superiores avaliarem seus professores a não ser pelo feedback dos alunos, que ainda é feita de forma oral e informal. Se as turmas continuarem na omissão esse quadro continuará. E dá-lhe "suco estragado" no mercado.

Fraturas

As fraturas surgem com o aparecimento de esqueletos rígidos na Natureza. Na espécie humana as primeiras tentativas de tratamento conhecidas datam de há mais de 5000 anos, embora possam ter surgido espontaneamente há ainda mais tempo.

Estes primeiros tratamentos consistiam na utilização de pedaços de madeira ou casca de palmeira amarrados em torno do membro fraturado com linho, e foram descobertas em escavações realizadas no Egito. Este método ainda é utilizado atualmente, variando os materiais utilizados.

A primeira referência à utilização de materiais semelhantes ao gesso atual data de 900 d.C. por Rhazes Athuriscus, um médico árabe que descreveu a preparação de tiras de linho embebidas numa mistura de cal e clara de ovo, que adquiria bastante resistência. No mundo ocidental, o interesse pelo gesso parece ter-se desenvolvido após um diplomata inglês no Império Otomano, Eaton, ter descrito em 1793 a utilização deste material no tratamento de uma fratura. As ligaduras gessadas utilizadas hoje em dia foram descritas pela primeira vez em 1854 por Antonius Mathysen, um cirurgião naval holandês.

Antes do advento dos antibióticos uma fratura exposta (quando a pele e os músculos são perfurados pelo osso) estava associada a uma mortalidade extremamente elevada, devido a infecções da ferida e do osso (osteomielite). A única terapêutica nestas situações consistia na amputação precoce do membro, embora a amputação fosse em si um método com elevada mortalidade, devido a hemorragia ou a gangrena infecciosa.

A fixação cirúrgica das fraturas aparece mencionada pela primeira vez cerca de 1760 em Toulouse, quando surge numa carta entre dois cirurgiões referência à "fixação de fraturas usando arame no tratamento".

Radiografia que mostra uma fratura abaixo da cabeça do úmero
O QUE É UMA FRATURA?

É uma lesão óssea que tem origem traumática, produzida por trauma direto ou indireto, com alta ou baixa energia. O local da lesão, ou conjunto de fragmentos ósseos que são produzidos pela fratura e os tecidos que foram lesionados em torno da contusão são chamados de foco da lesão.
O osso é o únidêntico ao anterior a lesão, e o processo de cicatrização óssea é denominada de consolidação que pode ser primária ou secundária.

A consolidação óssea primária ocorre com o contato direto e íntimo entre os segmentos fraturados. O osso novo cresce diretamente através das extremidades ósseas comprimidas, a fim de unir a fratura. A consolidação primária do osso cortical (camada mais externa e dura do osso) é muito lenta e não pode unir lacunas (espaço vazio) na fratura.
Habitualmente a formação de calo ósseo (tecido que se refaz entre os fragmentos de osso fraturado e que os solda) ocorre aproximadamente duas semanas depois do momento da lesão. Esse é o único método de consolidação de fratura quando é realizada uma fixação rígida da fratura por compressão. A fixação rígida exige contato cortical direto e uma vascularização intramedular intacta. O processo de consolidação depende basicamente da reabsorção osteoclástica do osso, seguida pela formação osteoblástica de osso novo.
- A consolidação óssea secundária denota mineralização e substituição, por osso, de uma matriz cartilaginosa com um aspecto radiográfico característico de formação de calo. Quanto maior for a mobilidade no local da fratura, maior será a quantidade de calo. Esse calo de união externa aumenta a estabilidade no local da fratura, por aumentar a espessura do osso. Isso ocorre com a aplicação de um aparelho de gesso e fixação externa, bem como com a aplicação de hastes intramedulares na fratura. Esse é o tipo mais comum de consolidação óssea. A duração de cada estágio varia, dependendo da localização e gravidade da fratura, lesões associadas, e idade do paciente. Veja como funciona cada fase da reconstrução:

Fase inflamatória: dura aproximadamente 1 a 2 semanas. Inicialmente, a fratura incita uma reação inflamatória. O aumento da vascularização que envolve a fratura permite a formação de um hematoma de fratura, que em breve será invadido por células inflamatórias, como neutrófilos, macrófagos, e fagócitos. Essas células, inclusive os osteoclastos, funcionam de modo a eliminar o tecido necrosado, preparando o terreno para a fase reparativa. Radiograficamente, a
linha de fratura pode torna-se mais visível à medida que vai sendo removido o tecido necrosado.

Fase reparativa habitualmente dura vários meses. Essa fase é caracterizada pela diferenciação de células mesenquimatosas pluripotenciais. O hematoma de fratura é então invadido por condroblastos e fibroblastos, que depositam a matriz para o calo. Inicialmente, forma-se um calo mole, composto principalmente de tecido fibroso e cartilagem com pequena quantidade de osso.
Então, os osteoblástos são responsáveis pela mineralização desse calo mole, convertendo-o num calo duro de osso reticulado e aumentando a estabilidade da fratura. Esse tipo de osso é imaturo e fraco em termos de torque; portanto não pode ser submetido a estresse. União retardada e pseudartrose são decorrentes de erros nessa fase da consolidação óssea. A conclusão da fase reparativa fica indicada pela estabilidade da fratura. Radiograficamente a linha de fratura começa a desaparecer.

Fase de remodelamento, que leva de meses a anos para se completar, consiste em atividades osteoblásticas e osteoclásticas que resultam na substituição do osso reticulado desorganizado e imaturo por osso lamelar, organizado e maturo, o que aumenta ainda mais a estabilidade do local fraturado. Com o passar do tempo, o canal medular vai gradualmente sendo reformado. Ocorre
reabsorção do osso das superfícies convexas e formação nova de osso nas superfícies côncavas. O processo permite alguma correção das deformidades angulares, mas não das deformidades rotacionais. Radiograficamente, é habitual que a fratura não seja mais visualizada.


Classificação: Elas são classificadas de acordo com vários critérios.

Segundo a causa
As fraturas traumáticas correspondem à grande maioria das fraturas, e resulta da aplicação de uma força sobre o osso que seja maior que a resistência deste. Pode ocorrer no local de um impacto (fratura direta), num local afastado da zona de impacto (por exemplo, fratura da clavícula após queda sobre a mão - fratura indireta), ou por contracção muscular violenta (fratura por tração muscular).

As fraturas de sobrecarga ou de stress são devidas à aplicação repetida e frequente de pequenas forças sobre um osso, que leva a uma fadiga que condiciona a fratura.

Fraturas patológicas ocorrem num osso previamente fragilizado, por exemplo por osteoporose ou um tumor ósseo. Geralmente não há evidência de traumatismo que justifique a fratura.



Segundo a lesão envolvente
Nas fraturas simples não há perfuração da pele, ao contrário do que acontece nas fraturas expostas, onde pode ocorrer uma infecção bacteriana, havendo por vezes a necessidade de suturar a ferida.

Nas fraturas complicadas há atingimento de vasos sanguíneos ou nervos. Uma diminuição ou ausência dos pulsos, assim como palidez ou perda de consciência, podem indicar lesão de um vaso sanguíneo (mesmo que não haja hemorragia evidente), sendo importante nestes casos a prestação rápida de cuidados de saúde adequados.



Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Fratura_óssea
anfisio.blogspot.com
Sociedade Brasileira de Ortopedia
FisioWeb
Fisionet
Magee e Kisner

Síndrome do Impacto


A síndrome do impacto tem se tornado um diagnóstico cada vez mais comum para pacientes com dores no ombro. Porém esta sindrome é um diagnóstico especifico e não a única causa de dor do ombro.Por isso é importante diferenciar a sindrome do impacto de outras condições patológicas que causam manifestações clínicas no ombro, como a radiculite cervical, tendinite calcárea, capsulite adesiva, compressão nervosa e doenças degenerativas como osteoartrose.

Para entender a etiologia do impacto, é preciso compreender as características anatômicas peculiares do espaço subacromial. Nesse espaço, um número de partes moles estão localizadas entre duas estruturas rigidas que se movem.


A borda superior é o arco coracoacro-mial:

( 1 - porção ântero-inferior do acrômio
( 2 - ligamento coracoacromial
( 3 - processo coracóide
( 4 - articulação acrômio-clavicular

As estruturas fazem a parte inferior:
( 5 - M. subescapular
( 6 - M. supra-espinhoso
( 7 - M. infra-espinhoso
( 8 - M. redondo menor
( 9 - Cabeça longa do bíceps
( 10 - Bursa subacromial

O equilibrio é o ponto chave da prevenção de qualquer eventualidade que possa ocorrer nessa região do corpo pois qualquer condição que afete a relação fisiológica entre estas estruturas e o espaço subacromial, pode levar ao impacto.



Causas + comuns:

Uso excessivo (overuse):
É a chamada "overuse syndrom" e é encontrada em atletas que usam o membro superior em demasia e os realizam com movimentos repetitivos sobre a cabeça (overhead motion). As atividades mais comuns incluem, natação, tênis, lançadores. etc. Uma mínima mudança na técnica em que o atleta realiza seus movimentos pode levar a um distúrbio das forças de equilíbrio do ombro excedendo o nível de tolerância das partes moles. Isto causa uma inflamação e aumento da área ocupada por elas no espaço subacromial, levando a fricção sob o arco coraco-acromial.

Hipovascularização tendínea:
Vários estudos confirmam esta hipótese. Sabe-se que a pressão contínua entre a grande tuberosidade e a porção ântero-inferior do acrômio determina diminuição da rede capilar na zona de inserção do músculo. No exame microscópico, segundo Fukuda, dentro do tendão existe maior concentração de vasos sanguíneos na parte bursal do que na parte articular. Os estudos pioneiros de Codman no início do século, confirmados pelos de Macnole na década passada são fortes argumentos que sustentam esta hipótese.

Fraqueza muscular:

Vários estudos comprovam que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a uma superiorização da cabeça do úmero, levando assim ao fenômeno do impacto (Jerosh, 1989; Payne, 1997; Sharkey, 1995). É consenso que uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro são, ele centraliza a cabeça do úmero exatamente no centro da cavidade glenóide deixando os ligamentos e a cápsula frouxos durante a maioria dos movimentos funcionais(2). Um desbalance dos músculos situados abaixo do hemisfério da cabeça do úmero em relação ao supra-espinhoso e principalmente o deltóide, que é substancialmente mais volumoso, puxaria a cabeça do úmero para cima causando assim o impacto.
Estes dados são importantíssimos para o programa de reabilitação, pois a persistência do quadro álgico leva ao desuso, que leva a mais fraqueza, que por sua vez conduz ao aumento do impacto, causando mais dor, fechando assim, o cicio vicioso.


"Neer descreveu as três fases evolutivas da síndrome compressiva do manguito e são universalmente até os dias de hoje."

Fase I - Edema e hemorragia reversíveis. Ocorrem em pacientes jovens devido ao excesso de uso do MS no esporte ou trabalho; o tratamento adequado é o conservador.

Fase II - Fibrose e tendinite do manguito rotador. Ocorrem de maneira crônica em pacientes com idade entre 25 e 45 anos. Os sinais clínicos são intermitentes. Nestes casos, o tratamento conservador pode ser suficiente apenas nos primeiros episódios dolorosos; a acromioplastia clássica por via aberta ou artroscópica tem sua grande indicação, já que alivia definitivamente os sintomas dolorosos e previne a ruptura do manguito, que certamente ocorreria na evolução natural da doença. É considerada por alguns autores como cirurgia "profilática".

Fase III - Rotura completa do manguito com alterações ósseas típicas ao raio X simples (esclerose óssea, cistos subcondrais, osteófitos na porção anterior e na articulação A-C, e contato da cabeça do úmero com o acrômio, nos casos de rotura completa do manguito). Ocorre geralmente em pacientes de 40 a 50 anos. O diagnóstico de certeza pode ser dado através da artrografia, ultrassonografia, rerronância nuclear magnética, etc. A indicação cirúrgica é formal e tem como objetivo a acromioplastia (para descomprimir) e a reconstrução do manguito rotador (para melhorar a função do MS e evitar a degeneração da articulação acromio-clavicular e glenoumeral, "rotator cuff arthropathy").


Quadro Clínico
Dor:Proporcional ao grau de inflamação, e não ao tamanho da rotura. Piora à noite pelo estiramento das partes moles. Pode ser espontânea e aumentar com os movimentos. Está presente em todas as fases da lesão.

Arco doloroso:Ocorre quando a dor está presente na elevação do MS, em rotação interna entre 70 e 120 graus, e é explicado pelo impacto subacromial. A dor diminui após os 120 graus de elevação.

Crepitação:É a rotura da bursa subacromial. Pode estar presente nas fases II e III de Neer. É um sinal de alerta importante. Pode ser palpado ou mesmo ouvido.

Força muscular:A abdução e a rotação externa estão geralmente diminuídas no lado envolvido. O teste é realizado comparando-se o lado contralateral e é acompanhado de dor.

Contratura (capsulite adesiva):Ocorre em cerca de 14% dos casos de Neer, Flatow e Lech e se deve ao processo inflamatório que se instala nos tendões e à imobilidade do MS, determinada pela dor.


Testes Específicos

Teste para tendinite de supra espinhoso:Com o paciente sentado, instrui-lo para abduzir o braço a 90 graus com o braço em abdução e flexão para a frente. Instruir o paciente para abduzir o braço contra resistência.
Este teste tensiona o deltóide e o supra espinhoso. Dor na inserção do supra espinhoso pode ser indicativo de tendinite degenerativa do tendão supraespinhoso.

Teste de coçar de Apley:Com o paciente sentado, instrui-lo para colocar a mão no lado do ombro afetado atrás da cabeça e tocar o ângulo superior da escápula oposta. A seguir, instruir o paciente para colocar a mão atrás das costas e tentar tocar o ângulo inferior da escápula oposta. Esta manobra coloca em tensão os músculos do manguito e sugere tendinite degenerativa.

Teste de colisão de Hawkins-Kennedy:Com o paciente em pé, flexionar o ombro para frente a 90 graus, a seguir forçar o ombro em uma rotação interna sem resistência do paciente. Este movimento empurra o tendão do supra espinhoso contra a superfície anterior do ligamento coracoacromial. Dor localizada é indicativa de tendinite supra espinhosa.

Teste do Subescapular de Gerber:
O paciente coloca o dorso da mão ao nível de L5 e procura ativamente afastá-la das costas rodando internamente o braço, a incapacidade de faze-lo ou de manter o afastamento, se feito passivamente pelo examinador, indica grave lesão do subescapular

Teste de JobeO paciente faz elevação ativa do membro superior (no plano da escápula) em extensão e rotação interna contra a resistência oposta pelo examinador, posição que sensibiliza a tensão exercida no tendão do supra-espinhal; a resposta poderá ser apenas dor na face antero-lateral do acompanhada ou não de diminuição de força ou mesmo da incapacidade de elevar o membro superior indicando desde tendinites até roturas completas do tendão.

Xilocaína:A injeção de 8 a 10ml de xilocaína no espaço subacromial proporcionará alívio imediato da dor negativando todos os testes irritativos e o arco doloroso.

Existem varios testes destinados a identificar alguma disfunção dessas estruturas, a maioria deles partem do princípio da imposição de uma resistencia contra o movimento, cabe ao fisioterapêuta identificar quais dessas estruturas são as responsáveis.



Tratamento Fisioterapêutico

No paciente com a síndrome do impacto, o que o motiva à consulta médica é sempre a presença de um quadro álgico intenso e geralmente incapacitante. E quando encaminhados ao serviço de reabilitação, o paciente, o médico, a família e outras partes envolvidas, depositam no fisioterapeuta toda sua expectativa e esperança de cura. Isto faz do profissional o responsável direto pela recondução do paciente às suas atividades normais.

Extraido do site Webgate, Magee, Sulivan e Kendal.
Sociedade Brasileia de Traumatologia

Se você é dentista, por favor, participe dessa pesquisa.

Questionário de Pesquisa


1) Faixa Etária: ( ) 22 a 25 anos ( ) 26 a 35 anos ( ) 36 a 45 anos ( ) acima de 45 anos

2) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

3) Regime de Trabalho: ( ) 06 horas/dia ( ) 08 horas/dia ( ) Mais de 08 horas/dia

4) Tempo de Serviço: ( ) 0 a 2 anos ( ) 3 a 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) Acima de 15 anos

5) Sente algum tipo de dor, desconforto ou incomodo? Sim ( ) Não ( )

6) Em que momento a dor aparece? ( ) Antes do expediente ( ) Durante o expediente ( ) Após o expediente

7) Qual(s) o(s) local(s) da dor? ( ) Cabeça ( ) Pescoço ( ) Ombros ( ) Coluna Torácica ( ) Coluna Lombar ( ) Cotovelos ( ) Punhos e Mãos ( ) Quadril e Nádegas ( ) Coxas ( ) Joelhos ( ) Tornozelos e pés

8) De acordo com a escala numérica, de 0 a 10, qual a intensidade de sua dor?
( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10

9) Tipo da dor? ( ) Formigamento ( ) Dormência ( ) Queimação ( ) Pontada ( ) Todas

10) O que você faz pra passar a dor? ( ) Nada ( ) Medicamento ( ) Alongamento ( ) Pausa

Outros:...........................................................................

11) Que tipo de tratamento você faz? ( ) Médico ( ) Fisioterapêutico ( ) Nenhum

Outros:...........................................................................

12) Esta satisfeito com o resultado? ( ) Sim ( ) Não

13) Pratica alguma atividade física? ( ) Sim ( ) Não

14) Você sabia que o fisioterapeuta é capaz de realizar ações ergonômicas no posto de trabalho?

( ) Sim ( ) Não


----> Obs: Copie as perguntas e cole, depois de responder coloque seu nome, o CRO e o seu estado e me mande por e-mail ou através dos comentários.
Obrigado pela sua contribuição. E se vc é Fisioterapêuta, faça essa pesquisa no seu município.

Estagio de Fisioterapia na UTI



Esse estágio veio a dismistificar o quão aterrorizante é a area da fisioterapia em UTI, não tem nada de assustador nem muito mistério, também não é lá nenhum bicho de 7 cabeças do jeito que todo mundo pensava antes de passar pelo estágio. Trocando em miudos ao que nos é acrescentado na área de UTI são diferentes tipos de tratamentos, como uso da terapia ventilatória mecanizada, o poder de reverter alterações acido-basicas, a capacidade de identificar tampões pela curva de fluxo, o poder de resolver uma hipoxemia com a administração dos parametros ventilatórios, dentre eles, as concentrações de oxigenio (fio²), corrigir complicações do aparelho respiratório podendo escolher sabiamente que tratamento seguir de acordo com a particularidade de cada doença.

Tudo isso é possível graças a um trabalho em conjunto feito por uma equipe multidiciplinar de pessoas simples, que são feito peças de uma engrenagem. Cada um com sua função. Cada um com sua importância, em suma: o CTI acaba sendo o simbolo da união entre todas as profissões da area de saúde. Médico, Fisioterapeuta, Enfermeiro, Tecnicos de Enfermagem, Nutricionista, Psicólogo, Serviço Social dentre outros que contribuem de uma forma ou de outra para o a recuperação do paciente.

Agradeço a Deus por essa valorosa experiência, aos colaboradores do CTI e do Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães. A nossa Supervisora Debora Passos que nos ensinou a simplicidade das coisas complexas. A todos os pacientes que nos possibilitaram, sem querer, vivenciar esse momento de crescimento tanto profissional quanto pessoal. Muito Obrigado!

Largou a cadeira de rodas e voltou a andar.

Contra todas as previsões dos clínicos, um jovem espanhol recuperou a 100% de um acidente de automóvel. Foi o próprio pai, médico e investigador, quem decidiu aplicar-lhe um método pioneiro que utiliza hormonas de crescimento na regeneração de lesões. Os médicos portugueses dividem-se sobre este novo tratamento: para uns é uma esperança para doenças neurológicas; para outros levanta ainda muitas dúvidas éticas e de segurança.

Como é o processo e para que serve?
Uma clínica espanhola, em Santiago de Compostela, promete resultados surpreendentes na cura de doenças cerebrais e de deficiências motoras, com a aplicação de hormonas de crescimento. Os benefícios destas substâncias produzidas naturalmente na hipófise (glândula situada na base do cérebro) são reconhecidos por exemplo para aumentar a altura em pessoas com problemas de crescimento (ver texto ao lado). Mas, na regeneração dos neurónios, este programa é pioneiro.

Quais os resultados?
Com este tratamento, o director do Centro de Reabilitação Foltra, Jesús Devesa, professor catedrático na Universidade de Santiago de Compostela, conseguiu recuperar o filho, que ficou com lesões cerebrais depois de um grave acidente de carro. Foi o seu primeiro doente. E Pablo, hoje com 29 anos, conseguiu voltar a andar, falar e comer. Depois dele, o tratamento foi usado noutros 300 doentes paraplégicos ou com deficiência mental congénita ou adquirida. "Injectamos hormonas de crescimento na área subcutânea do braço, que induzem a produção de células- -mãe e regeneram os tecidos danificados", descreve Jesús Devesa ao DN, assegurando uma taxa de sucesso na casa dos 90%. Entretanto, a descoberta veio a público em Espanha e a técnica vai ser aplicada também num centro de paraplégicos de Toledo.

"Cada caso é um caso e a dose a aplicar depende da doença, da idade e do progresso do paciente", indica Jesús Devesa, acrescentando: "Nas crianças, o processo de recuperação é mais rápido, pois a neuroplasticidade promove uma proliferação mais célere das células".

Pablo tinha 22 anos, e a sua recuperação fez-se em oito meses. "Fiquei curado, sem sequelas. A recuperação foi a 100%. Hoje levo uma vida completamente normal, como qualquer jovem. Jogo futebol, bebo um copo com amigos."

Mais: está há um ano a trabalhar no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, como investigador, e a terminar a tese de doutoramento a defender dentro de semanas. A base da investigação? O seu próprio caso e as implicações das hormonas de crescimento no processo de neuroregener
ação. "É um trabalho que segue as linhas de orientação da investigação do meu pai. Quero comprovar os resultados em humanos, sem efeitos secundários, no sentido de dar uma base científica mais aprofundada", diz Pablo Devesa.

Ref. Blog do Nelson:
Fonte e informação completa: DN – Deficiência.