Dor Ciática



Dor ciática é a dor persistente sentida ao longo do nervo ciático. Este nervo é executado a partir da parte inferior das costas, descendo pelas nádegas e perna. É o maior nervo do corpo. A dor ocorre quando este nervo é comprimido ou lesionado. É mais comumente resultado de inflamação, alargamento ósseo devido a artrite ou um disco deslocado (hérnia) na parte inferior da coluna.

Sintomas
A dor ciática causa começa na parte inferior das costas e se espalha pelas nádegas, pernas, panturrilha e, por vezes, chega ao pé. Às vezes, começa gradualmente, piora durante a noite, e é agravada pelo movimento. A dor ciática também pode causar formigamento, dormência ou fraqueza muscular na perna afetada.

Diagnóstico
Para procurar por problemas em sua coluna vertebral e nervos relacionados, o seu fisioterapeuta pode pedir-lhe para executar uma série de testes que irá verificar a sua força muscular, reflexos e flexibilidade.

Teste de elevação da perna reta
Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal.
Objetivos: compressão nervosa da região lombar, compressão de nervo ciatico ou encurtamentos musculares
Descrição do teste: o terapeuta eleva passivamente o membro inferior com o joelho em extensão e verifica a reação do paciente.
Tensão sobre o nervo ciático se dá entre 35° e 70° graus. A partir de 70° o estresse será maior na coluna lombar.
É necessário prestar muita atenção no momento do teste, para que o terapeuta saiba diferenciar uma dor ciática ou encurtamento de isquiostibiais. Se a dor for do tipo queimação, choque, ardência, fisgada, ela poderá ser de origem neural., leve desconforto sugere encurtamento muscular.
Sinais e sintomas: o paciente geralmente esboça uma reação dolorosa característica e isso será visível na observação de sua face.
Teste De Lasègue
Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal.
Segue o mesmo raciocínio do teste de elevação da perna reta, agindo sobre o nervo ciático (L5,S1,S2)
Objetivos: compressão nervosa da região lombar, compressão de nervo ciatico.
Durante a elevação passiva do membro inferior o terapeuta deverá parar a elevação no momento que o paciente começar a manifestar dor e, logo após o terapeuta deverá realizar uma dorsiflexão do pé do paciente para confirmar a suspeita de ciatalgia através da expressão dolorosa por parte do paciente.
Sinais e sintomas: Na manobra de lasègue, o paciente refere uma forte dor inconfundível quando na presença de uma hérnia discal em nível de L4-L5 ou L5-S1 ou ainda no quadro da pseudociática, na qual o músculo piriforme está contraturado e "prende" o nervo ciático quando este atravessa o seu ventre.

Elevação Da Perna Oposta
Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal. Objetivo: avaliar presença de hernia discal ou pinçamento de nervo ciático Descrição do teste: nesse teste o terapeuta eleva o membro inferior assintomático.
Caso o paciente manifeste dor no membro que está sobre a maca é um indicativo de que o paciente seja portador de uma hérnia de disco.
Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste confirmará ou não a dor que poderá estar situada ou na coluna lombar ou no trajeto do nervo ciático.

Sinal da Corda de Arco ou Bowstring-Sign
Posição do paciente: decúbito dorsal. Objetivo: verifica irritação ciática.
Descrição do teste: O teste começa, com o terapeuta elevando o membro inferior com o joelho em extensão próximo a 70° e logo após realiza uma flexão passiva do joelho em torno de 20°, o terapeuta apalpa o nervo ciático na fossa poplítea.
Caso haja uma manifestação dolorosa do paciente ao simples toque do nervo distendido, o teste será positivo.
Sinais e sintomas: o paciente, no momento do teste, deverá estar relaxado e permitir a flexão passiva do membro inferior.
Após a elevação do membro, o nervo ciático ficará tenso e caso haja a presença de hérnia discai na região lombar ou se o nervo estiver "preso" na sua passagem pelo músculo piriforme, o paciente manifestará a dor.

Duração esperado
Ciática geralmente desaparece por si só após um período de descanso e atividades limitadas. A maioria das pessoas com dor ciática se sentem melhores dentro de 6 semanas. A dor que dura mais de 6 a 12 semanas deve levar a uma visita de acompanhamento com seu médico. Se os sintomas forem graves ou prolongados, pode ser encaminhados para um médico que se especializa no tratamento de dor nas costas.

Prevenção
Uma vez que a dor ciática passe, existem exercícios, alongamentos e outras medidas que podem impedi-la de voltar. O fisioterapeuta pode desenvolver um programa personalizado de prevenção. Aqui estão alguns passos que você pode tomar, entretanto:

Pratique uma boa postura.
Quando ficar em pé, procure ficar alinhado, com os ouvidos na linha dos ombros.
Alinhe também os ombros com seus quadris e seus glúteos.
Faça flexões abdominais. Estes exercícios fortalecem os músculos abdominais que ajudam a apoiar sua região lombar.
Caminhadas e natação ajudam a fortalecer a região lombar.
Quando tiver que levantar objetos faça com segurança. Levante sempre de uma posição de cócoras, usando seus quadris e pernas para fazer o trabalho pesado. Nunca se curvar e levantar com as costas retas.
Evite ficar sentado ou em pé por longos períodos. Se você trabalha sentado, faça pausas regulares para ficar em pé e andar.
Use a postura adequada para dormir. Tire a pressão de suas costas dormindo de lado e colocando um travesseiro sob os joelhos.
Sente-se numa cadeira e incline-se em direção ao chão, segure por 30 segundos e solte. Repita 6 a 8 vezes. Isso ajuda a alongar a lombar.
Evite usar saltos altos. Sapatos com saltos que são mais de 1 polegada de altura deslocam seu peso para a frente, jogando o corpo para fora do alinhamento.

Tratamento

A dor ciática normalmente pode ser tratada com sucesso por um breve período de descanso e limitando as atividades diárias. Evite o repouso absoluto prolongado que pode realmente fazer a dor piorar. Comece exercícios suaves para melhorar a mobilidade e fortalecer as costas assim que puder. A fisioterapia convencional, osteopatia e acupuntura são ótimas alternativas para acabar com as dores.

Alguns tratamentos realizados pela Fisioterapia:

Terapia Manual
Utiliza os recursos manuais para interferir na estrutura e função do organismo. A técnica ajuda a reconhecer a patologia e busca a recuperação da lesão encontrada.

Mobilização neural
Atua na raiz e no trajeto nervoso, liberando-o de qualquer bloqueio (compressão ou aderência), e desta forma elimina a dor localizada.

Eletroterapia
Utiliza equipamentos especializados, sendo que os mais usados são o de ‘ondas curtas’, ou seja, placas que aquecem os tecidos.

Hidroterapia
São exercícios terapêuticos realizados em piscina aquecida e coberta, no qual se utiliza inúmeras técnicas de reabilitação, juntamente com os efeitos da pressão hidrostática, flutuação, viscosidade e os efeitos do calor, que vão resultar em diminuição da dor no nervo ciático.

Pilates
Uma atividade física que trabalha todo o corpo, utilizando exercícios para fortalecer os músculos fracos, alongando os que estão encurtados e aumentando a mobilidade das articulações, sendo que os movimentos são feitos devagar e com muito controle para evitar estresse.

Mesa de tração
O paciente realiza os movimentos de tração, compressão e relaxamento da coluna, com a definição de uma carga mínima e outra máxima. Tais movimentos promovem uma abertura entre uma vértebra e outra. Assim, o nervo que passa pela coluna não fica comprimido.

Extraído do Site: FisioBrasil.com

Fascite Plantar e Pilates




A fasciíte plantar é uma lesão da fáscia plantar, como resultado de sobrecarga. É caracterizada por dor no calcanhar no primeiro passo pela manha, ou após repouso prolongado. Pode acometer as pessoas em geral – homens e mulheres igualmente -, mas é bastante comum em atletas, corredores especialmente.


Os fatores associados podem se divididos em anatômicos (pé plano, pé calvo, obesidade, tendão de Aquiles encurtado); biomecânicos (flexores plantares fracos, pronação excessiva da sub talar, dorsiflexão limitada); e ambientais (trauma, descondicionamento, superfícies duras, andar descalço, descarga de peso prolongada, alongamento inadequado).
Segundo DiGiovanni ET AL. os exercícios de alongamento da fáscia plantar são uma abordagem efetiva e segura para diminuir dor e melhorar função em pacientes com fasciíte crônica.

No método Pilates existem exercícios que abordam não somente o alongamento da fáscia plantar, como também do complexo gastrocnemio-sóleo e tendão de Aquiles. Esses exercícios poder ser introduzidos em um programa de reabilitação, influenciando não somente a flexibilidade, mas também a força muscular

9 benefícios do Pilates

Conheça 9 (nove) benefícios do Pilates.

Combate o estresse
"A série, criada pelo alemão Joseph Pilates, contempla uma ordem específica de exercícios que obedece a um ritmo respiratório e que exige concentração", aponta o Fisioterapeuta do Estúdio Fisio - Pilates e Fisioterapia, Danilo Rocha. Por isso, ao longo do curso, os praticantes adquirem um poder maior de controle sobre o corpo, o que possibilita lidar melhor com situações de estresse, ansiedade e nervosismo.

Ameniza dores
O Pilates é muito recomendado para pessoas com dores, principalmente nas costas. "Os exercícios promovem o realinhamento da coluna e o fortalecimento da musculatura abdominal, fazendo com que naturalmente deixemos de forçar as costas ao realizarmos esforços físicos", esclarece o fisioterapeuta do Estúdio Fisio - Pilates e Fisioterapia. Além disso, os exercícios de fortalecimento e alongamento direcionados para partes específicas do corpo também contribuem para a reabilitação de diversas patologias. O método só não é indicado para pacientes com problemas em estágio avançado.

Melhora a respiração
"O indivíduo que tem estresse ou ansiedade constante interrompe a respiração normal, gerando um bloqueio no músculo do diafragma", explica o fisioterapeuta. Como o Pilates trabalha a musculatura respiratória, ele é capaz de ensinar novamente essas pessoas a respirar, o que é feito pela associação dos exercícios a um tempo preciso de inspiração e expiração.

Corrige a postura
Quando o Pilates foi criado por Joseph Pilates, acreditava-se que a coluna ideal deveria ser ereta. "Hoje, sabemos que a coluna possui curvas fisiológicas que devem ser respeitadas para uma maior absorção do impacto e resistência a esforços", observa o fisioterapeuta. Por meio de exercícios de alongamento axial, isto é, com a coluna alinhada e alongada durante toda a sessão, adquire-se maior força nos músculos que sustentam a lombar. Isso se reflete naturalmente nas atividades do dia a dia.

Melhora o desempenho na corrida
Pode até não parecer, mas a corrida é uma atividade que exige técnica. Realizá-la sem estar preparado ou de maneira incorreta pode causar diversas lesões no praticante, e é nesse ponto que o Pilates pode ser de grande ajuda. Por meio da reeducação da respiração e da concentração adquiridas no método, correr pode se tornar uma atividade mais prazerosa e com resultados mais rápidos. Além disso, a consciência corporal desenvolvida no Pilates auxilia o equilíbrio do corredor e o alinhamento do corpo.

Trabalha os músculos
"O grande diferencial do método Pilates é que o fortalecimento muscular é realizado de forma global e não segmentar", observa o fisioterapeuta. Durante os exercícios, ocorre a ativação simultânea de diversos grupos musculares e há uma integração dos músculos principais, secundários e posturais. Além disso, as articulações também são estimuladas.

Melhora a flexibilidade
Os exercícios voltados para a melhora da flexibilidade são aqueles que enfatizam o alongamento global do corpo. "Trabalhando a extensão de músculos e articulações, percebemos mudanças positivas em atividades como amarrar os sapatos e vestir as calças, por exemplo", conta o fisioterapeuta.

Estimula a coordenação motora
"O conhecimento do nosso próprio corpo, ou a chamada consciência corporal, é um aprendizado sobre como devemos nos movimentar e usar músculos e articulações a nosso favor", explica o fisioterapeuta. Por meio do Pilates, é possível adquirir equilíbrio e melhor percepção espacial dos objetos em relação a si mesmo.

Previne fraturas osteoporóticas
O Pilates pode ser um grande aliado na prevenção de fraturas ocasionadas pela perda de massa óssea, característica da osteoporose. Primeiro porque o método aumenta a força muscular, ajudando a modelar a estrutura óssea. Segundo, pelo fato de melhorar a coordenação motora, auxiliando o corpo a ter equilíbrio. Por fim, estimula o alongamento, tornando o praticante mais ágil e atento à postura.


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Pilates na gravidez?

Durante a gestação, os músculos abdominais se distendem para acomodar o crescimento do bebê e, por causa disso, podem ficar enfraquecidos. Os músculos do assoalho pélvico também sofrem grande pressão e tendem a se alongar e a se movimentar mais para baixo da bacia. Como consequência disso, fica muitas vezes difícil contrair esses músculos e segurar a essa contração por algum tempo. 
Se os músculos pélvicos ficam fracos demais, algumas mulheres têm problemas com escapes de urina ao tossir, espirrar e dar risada. No caso da musculatura abdominal, pode haver dor nas costas ou na região pélvica.
Sendo assim, ele é bem indicado sim, porque se concentra nos músculos abdominais e do assoalho pélvico, os quais tendem a se enfraquecer durante a gestação.
Muitos exercícios do pilates são feitos "de quatro" (quatro apoios: os dois joelhos e as duas mãos, ou cotovelos), uma posição que ajuda a aliviar a pressão sobre as costas e a bacia, além de ser ótima para auxiliar os bebês a se movimentar na direção certa para a hora do parto.

Pilates = Alinhamento da postura, força, equilíbrio, reeducação respiratória e flexibilidade.


O que é?
Método Pilates refere-se a um programa completo de condicionamento físico e mental que tem como objetivo melhorar o aumento da força, postura, equilíbrio (corpo e mente), fortalecimento muscular, reestruturação do corpo e alivio de dores musculares. 
Quem criou?
Método Pilates Foi criado por Joseph Hubertus Pilates e denominado inicialmente de Contrologia que representa o controle consciente de todos os movimentos do corpo.
Quem pode fazer?
Indicado para todas as idades, o Método Pilates pode ser praticado pelos mais variados grupos de pessoas como método preventivo ou de reabilitação, pois possui um grande repertório de exercícios que podem ser adaptados ou modificados para todos os tipos de condicionamento físico, necessidades e objetivos dos mais diversos públicos como jovens, crianças, idosos e gestantes

Benefícios do Método

  • Melhora da postura e mobilidade articular
  • Alivio de tensões causadas pelo estresse
  • Harmonia entre força e flexibilidade prevenindo lesões e dores
  • Melhora/ Desenvolve a consciência (controle) corporal
  • Melhora do Equilíbrio e coordenação motora
  • Melhora da vitalidade/ percepção física e mental
  • Músculos tonificados e alongados
  • Corpo e silhueta delineados
  • Estimula a circulação
  • Coluna forte e flexível
  • Fortalece musculatura abdominal
  • Previne osteoporos

História de um Gênio a frente do seu tempo:
Joseph H. Pilates nasceu em Mönchengladbach na Alemanha. Seu pai foi um premiado ginasta e sua mãe trabalhava com medicina natural. Pilates foi uma criança com uma saúde frágil tinha asma, raquitismo e febre reumática, decidiu que seu futuro não estava em uma cadeira de rodas e optou por estudar anatomia, fisiologia humana, yoga e medicina oriental. Os seus problemas de saúde foram sendo tratados com a série de exercícios que elaborou e daí nasce seu próprio método. Com o passar dos anos passa a praticar esportes como ginástica, mergulho, boxe e esqui.

Morava na Inglaterra no início da 1º Guerra Mundial atuava como lutador profissional de boxe. Por ser alemão, foi creditado como inimigo estrangeiro e preso em um campo de concentração.

No campo incentivou os colegas a participarem de um programa de exercícios no solo. Exercícios que podiam ser executados no chão, utilizando somente a força da gravidade como resistência. Os resultados eram bons e então ele passou a auxiliar na reabilitação de soldados feridos por conta da guerra. Muitos se encontravam debilitados e com dificuldades para se movimentar, Pilates decidiu experimentar exercícios utilizando macas velhas e molas possibilitando o condicionamento físico dos pacientes. Considerado um dos primeiros Fisioterapeutas da história por isso. Seus exercícios eram tidos como milagrosos e logo Pilates adquiriu fama.

Em 1926 decide viajar para os Estados Unidos e conheceu e se casou com Clara, que se era enfermeira e o auxiliou na estruturação do método. Pilates e Clara criaram o 1º estúdio de Pilates em Nova York, num prédio conferido para estúdios de dança. Por meio da reabilitação e condicionamento dos bailarinos o método foi sendo disseminado para outros setores da sociedade. Muitos relatos históricos descrevem o talento do casal e como se completavam na condução das aulas. Pilates era um inventor notável e inovador e Clara tinha habilidade na comunicação, voz e movimentos suaves. 

Todo o método está baseado em seis princípios que pretendem devolver ao homem uma movimentação mais espontânea e consciente: O centro de força , a concentração, o controle, a fluidez de movimento, a precisão e a respiração.
1 – O Centro de Força é o foco principal do método Pilates. Ele compreende a região abdominal, formando um cinturão que contempla toda a parte anterior e posterior do tronco, entre a região inferior das costelas e a pelve, dos músculos mais profundos aos mais superficiais. Sua principal finalidade é condicionar a musculatura abdominal, diminuindo a sobrecarga lombar.
2 – A concentração permite que se volte a atenção para o corpo todo enquanto se executa movimentos simples ou complexos. Exercitar-se com concentração e controle sobre todas as partes do corpo (e não somente sobre os músculos responsáveis pelo movimento principal) propicia a execução de movimentos corretos e seguros. Conseqüentemente, reduz-se a incidência de lesões.

3 – O Controle é o domínio sobre os movimentos dos vários segmentos do corpo. Devem ser controlados todos os aspectos de cada posição durante os movimentos, de maneira a atingir a execução mais próxima da ideal.
4 – A Fluidez é a maneira de executar dos movimentos de modo ritmado, coordenado, harmonioso e com uma dinâmica específica, sem movimentos bruscos, em uma sequência sem interrupções entre o exercício anterior e o seguinte. Desta forma, os movimentos são executados com segurança e qualidade, sem sobrecarregar grupos musculares ou articulares.
5 – Todos os movimentos e as sequências do método Pilates têm uma maneira muito especifica de serem executados. Essa Precisão, aliada ao controle, permite uma exatidão de movimentos sem gastos desnecessários de energia ou movimentos acessórios, mantendo a naturalidade e a espontaneidade.
6 – “Mesmo que você não siga as outras instruções, aprenda a respirar corretamente”, dizia Joseph H. Pilates. O controle respiratório é um ponto de grande importância na prática do método Pilates, pois todos os exercícios são acompanhados por uma inspiração e expiração completas, coordenadas com o movimento, determinando o ritmo e o tempo de duração de cada exercício. É a partir da contração profunda dos músculos abdominais, durante a expiração, que acontece o correto acionamento do centro de força. A respiração completa aumenta a capacidade respiratória, promove maior oxigenação do sangue, relaxa tensões e promove a integração entre o controle mental e os movimentos do corpo.

Studio FISIO - Pilates e Fisioterapia.


Depois de muitos anos de faculdade, caminhando em busca do conhecimento da Fisioterapia, de como tratar o corpo humano, de como prevenir doenças e tudo mais. É chegado a hora em que um guerreiro conquista e escolhe um território para deixar sua marca, seu legado, sua história. Construir uma família, aplicar os ensinamentos dos mestres em beneficio de seu povo. Ocupar um lugar na comunidade de participação, ser um cidadão e exercer minha cidadania. Construir um futuro é plantar no presente. Com muito orgulho volto a minha terra natal e realizo um grande sonho, ter meu próprio espaço. Agradeço muito a Deus por isso.

Studio FISIO - Pilates e Fisioterapia.
A realização de um sonho está aqui, Deus abençoe!!!

O fisioterapeuta pode solicitar exames complementares?


Existem vários argumentos para subsidiar a solicitação de exames complementares por fisioterapeutas:

* Resolução nº. 04, do Conselho Nacional de Educação, artigo 5º, inciso VI, enumera como competência do fisioterapeuta realizar consultas, avaliações e reavaliações do paciente colhendo dados, solicitando, executando e interpretando exames propedêuticos e complementares;
* Diversos Tribunais proferiram decisões favoráveis aos fisioterapeutas no sentido de ser possível a solicitação de exames complementares.

O fisioterapeuta pode, inclusive, solicitar exames laboratoriais, desde que sejam para esclarecer diagnóstico e condutas fisioterápicas.

Direto do site do Coffito: www.coffito.org.br/faqs/faq.asp

Poderosa Bola Suíça

A Bola Suiça foi desenvolvida em 1963 por Aquilino Cosani, um fabricante italiano de plásticos. Ele aperfeiçoou um processo de moldagem de plástico resistente à perfuração em grandes bolas. Estas bolas, então conhecida como "Pezzi bolas", foram utilizados pela primeira vez em programas de tratamento de recém-nascidos e lactentes por Mary Quinton, uma fisioterapeuta britânica que trabalhava na Suíça. Mais tarde, a Dra. Susanne Klein-Vogelbach, diretora da Escola da Fisioterapia em Basileia, Suíça, integrou o uso da Bola Suíça como terapia para o desenvolvimento de tratamento neurológico. Baseado no conceito de "cinética funcional", Klein-Vogelbach defendeu o uso da bola para técnicas de tratamento a adultos com problemas médicos ou ortopédicos. O termo "Bola Suiça" foi utilizado quando fisioterapeutas americanos começaram a utilizar essas técnicas na América do Norte, em 1989 por Joanne Posner-Mayer, depois de testemunhar os seus benefícios na Suíça. A partir de seu desenvolvimento como fisioterapia em uma clínica, estes exercícios são agora utilizados em treinamento atlético, como parte de uma aptidão geral rotina e incorporação de exercícios alternativos, como yoga, e exercícios localizados, com o risco de lesão próximo de zero.

Feita de borracha sem látex, o fit ball é feito de um material muito resistente, capaz de suportar uma carga de até 300 kg, com três tamanhos diferentes: grande, média e pequena medindo 75, 65 e 55 cm respectivamente.

Macias, coloridas, divertidas e enormes, o fit ball está disponível em vários tamanhos. É importante experimentar a sua antes de comprar: basta sentar na bola com os joelhos flexionados num ângulo de 90 graus, quando o joelho formar o ângulo de 90 graus, significa que a bola está no tamanho ideal para você.

A bola suíça ou mais popularmente conhecida como Fitball é um aparelho usado para o condicionamento com a bola. Esta é mais uma modalidade na qual se pode usufruir de seus benefícios mesmo em casa, pois é bem fácil encontrá-la no mercado.

Os benefícios da utilização deste material são muitos:

- Utiliza e dinamiza todo o corpo;
- Melhora o equilíbrio e a coordenação corporal;
- Corrige más posturas ajudando a manter a posição da coluna correta;
- Alivia tensões;
- Pode ser utilizada por gestantes;
- Indicada especialmente para pessoas com problemas lombares e cervicais;
- Excelente opção de atividade sem impacto;
- Ótimo exercício físico para fortalecer a musculatura;
- Ativa a circulação sanguínea;
- Recomendado para qualquer faixa etária, é bastante seguro.

A utilização da bola para o treino ocasiona uma instabilidade forçando você a recrutar músculos profundos o que acaba sendo difícil acontecer em atividades convencionais, treinando também a velocidade de reação do corpo, fazendo com que você utilize os músculos estabilizadores que são os músculos ao redor da coluna responsáveis pela postura corporal nos movimentos.

Assista a alguns videos como esse da imagem abaixo nesse link: http://trface.com/bola%20sui%C3%A7a
Segue abaixo alguns exercícios usando a bola-suiça:





Posições para amamentar + Dicas


As dores causadas pelas posições da amamentação são muito comuns, principalmente porque muitas mães alimentam um grande misto de falta de informação com instinto de proteção demasiado, daí vem aquela postura padrão de rotina e que com o tempo e a fadiga muscular vão acabar acarretando em dores insuportaveis, ao ponto de transformar um momento, que deveria ser mágico, em um verdadeiro martírio. Antes de mais nada o cuidar tem seus limites e o excesso pode ser prejudicial tanto pro bebê quanto pra mãe mas isso já é tema pra outro post, me lembro bem de uma frase que uma professora minha dizia: "Gente, os bebês não são de vidro".


Abaixo uma baiana retada que eu admiro muito dando algumas dicas sobre como o leite não empedrar e como evitar fissuras.

Afinal, Fisioterapeuta é ou não Doutor?

Muita gente tem me questionado sobre o uso do meu DR. e para não sobrar dúvidas resolvi publicar esse post. Se vc é colega de profissão, não se diminua exportando abreviaturas não reconhecidas, como o FT. Assuma a postura e a responsabilidade que vc suou para adquirir na faculdade. E se for questionado a respeito aí vai o argumento:

A origem do termo doutor encontra-se na palavra latina doctor, que significa mestre ou professor, pertencente à família do verbo docere, cuja tradução é ensinar. Um doutor, considerando-se do ponto de vista estritamente etimológico da palavra, é aquele que ensina. Segundo os nossos atuais dicionários Aurélio, Houaiss e Michaelis, doutor, em suma, significa: aquele que cursou o doutorado; uma pessoa considerada muito culta, importante; todo o indivíduo formado em curso superior.

Segundo o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - CREFITO, o fisioterapeuta deve usar e apresentar-se como Doutor na sua atuação profissional com respaldo legal para tal, considerando o princípio da isonomia, da tradição cultural de nosso país e da sua fundamentação científica profissional. Alguns fisioterapeutas brasileiros usam a abreviação Ft. (fisioterapeuta) transcrita dos fisioterapeutas portugueses e originada do molde PT (physiotherapeutic) dos norte-americanos ao invés de usar o título Dr. A abreviatura FT. não é oficial no Brasil, e portanto não é reconhecida pelos CREFITO's e COFFITO.

RESPALDO LEGAL PARA O USO DE DOUTOR PELO FISIOTERAPEUTA:
O PRESIENTE DO CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 5ª REGIÃO – CREFITO-5;
No uso de suas atribuições e competência prevista no inciso II, do art. 44, da Resolução COFFITO-6, tendo em vista o deliberado na Reunião de Diretoria, realizada em 23/10/2000, em consonância com a luta até então desenvolvida pelo Egrégio Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, e considerando:

1- A não existência do direito positivo brasileiro, consubstanciado na Lei n. 5.540 de 28.01.68, e no Decreto Lei n. 465 de 10.02.65, de preceitos legais disciplinando a concessão do título de Doutor;

2- Baseando-se em que o uso do título de Doutor tem por fundamento procedimento isonômico, sendo, em realidade, a confirmação da autoridade científica profissional perante o paciente;

3- Que o título de Doutor tem por fundamento praxe jurídica do direito consuetudinário, sendo de uso tradicionalmente aceito entre os profissionais de nível superior;

4- Que a praxe jurídica fundamentada nos costumes e tradições brasileiras, tão bem definidas nos dicionários pátrios, assegura a todos diplomados em curso de nível superior, o legítimo direito do uso do título de Doutor;

5- Que a não utilização do título de Doutor leva a sociedade e mais especificamente a clientela do profissional da área a que se destina assistência fisioterapêutica, pressupor uma inadmissível e inconcebível subalternidade, em se tratando de profissional de nível superior;

6- Que deve ser mantida isonomia entre os componentes da Equipe de Saúde e que o título de Doutor é um complemento, um “plus” na afirmação de um legítimo direito conquistado ao nível de aprofundamento em uma prática terapêutica com fundamentação científica;

7- A inexistência, na língua portuguesa e na legislação própria das expressões FT e TO, o que por lógico torna inadmissível a utilização de tais abreviaturas como identificação do profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, respectivamente;

8- Que expressões outras que não Fisioterapia, dificultam e não identificam de forma clara e objetiva o profissional da Fisioterapia;

DECIDE: Recomendar aos Fisioterapeutas que na sua atuação profissional usem o título de Doutor, por se tratar de um direito legítimo e incontestável. Outrossim, decide ainda, não reconhecer as abreviações FT como identificadora do profissional da Fisioterapia.

RERERÊNCIAS:
www.coffito.org.br
www.fisioon.com.br
www.crefito10.org.br
www.terapiadomovimento.blogspot.com

Conjutivite

Um surto de Conjuntivite paira no ar de minha Belmonte. Apesar de não estar sendo notificada, muitos casos já ocorreram e ainda vem ocorrendo. A população se contamina facilmente por não saber o que é, como controlar e também por dar pouca importância à gravidade da doença. A informação é importante e evita que ocorra uma epidemia e se torne um problema de saúde pública. Nós, como Fisioterapeutas e, ao mesmo tempo, profissionais da saúde, temos a obrigação de participar a todos que precisem estar informados e tomar os cuidados necessários para erradicar essa condição patológica do nosso município.

DEFINIÇÃO
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Pode atacar os dois olhos, durando de uma semana a quinze dias e não costuma deixar sequelas. Podem ser ocasionadas por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles necessita de tratamento específico. O olho torna-se vermelho, edematoso, lacrimejante, com sensação de corpo estranho, às vezes com secreção. A doença é relacionada aos hábitos de higiene dos indivíduos. Pode ocorrer também em animais

Medidas de prevenção e controle
+ Lavar as mãos frequentemente;
+ Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes e praias;
+ Lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de microrganismos patogénicos; evita ainda outras doenças provocadas por vírus, parasitas e bactérias, como o rotavírus, que provoca a diarreia infantil, e o rinovírus. O tempo mais seco do inverno permite maior proliferação do vírus. Além disso, a baixa umidade do ar típica da estação deixa o olho mais seco e, portanto, com menos defesas. Lavar as mãos com água e sabão é mais eficaz do que usar álcool. "Se o produto não tiver a concentração de 70% de solução alcoólica, não mata os vírus. A única certeza é que eliminam bactérias".
+ Não coçar os olhos;
+ Aumentar a frequência com que troca as toalhas do banheiro e sabonete ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
+ Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise;
+ Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
+ Evitar contato direto com outras pessoas;
+ Não ficar em ambientes onde há bebês;
+ Não usar lentes de contato durante esse período;
+ Evitar banhos de sol;
+ Evitar luz, pois essa pode fazer com que o olho contaminado venha a doer mais


Fonte: Secretaria de Saúde de São Paulo, SUS e Wikipedia

Hanseníase (Lepra)

+ É uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra.
+ Demora de 2 a 5 anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas.
+ Apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico.
+ Pode atingir criança, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo
+ Instala-se principalmente nos nervos e na pele.
+ Pode causar incapacidade/ deformidades, quando não tratada ou tratada tardiamente.
+ Tem cura.
+ O tratamento é um direito de todo cidadão e está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde SUS

DEFINIÇÂO
A lepra (hanseníase, morfeia, mal de Hansen, mal de Lázaro), é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O nome hanseníase é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença Gerhard Hansen. É chamada de "a doença mais antiga do mundo", afetando a humanidade há pelo menos 4000 anos[1] e sendo os primeiros registros escritos conhecidos encontrados no Egito, datando de 1350 a.C..[2] Ela é endêmica (específica de uma região) em certos países tropicais, em particular na Ásia. O Brasil inclui-se entre os países de alta endemicidade de lepra no mundo. Isto significa que apresenta um coeficiente de prevalência médio superior a um caso por mil habitantes (MS, 1989).[3] Os doentes são chamados leprosos, apesar de que este termo tenda a desaparecer com a diminuição do número de casos e dada a conotação pejorativa a ele associada

TRANSMISSÃO
A lepra é transmitida por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar ou tossir. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo quarto.
A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explica por que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduos adultos, apesar de que crianças também podem ser contaminadas (a alta prevalência de lepra em crianças é indicativo de um alto índice da doença em uma região).
Noventa por cento (90%) da população tem resistência ao bacilo de Hansen (M. leprae), causador da lepra, e conseguem controlar a infecção. As formas contagiantes são a virchowiana e a dimorfa.
Nem toda pessoa exposta ao bacilo desenvolve a doença, apenas 5%. Acredita-se que isto se deva a múltiplos fatores, incluindo a genética individual.
Indivíduos após 15 dias de tratamento ou já curados não transmitem mais a lepra.

SINAIS e SINTOMAS
O tempo de incubação após a infecção é longo, de 2 a 20 anos.
Um dos primeiros efeitos da lepra, devido ao acometimento dos nervos, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local afetado. Mais tardiamente pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local.A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose). A partir do estado inicial, a lepra pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética particular de cada paciente. A lepra pode adotar também vários cursos intermediários entre estes dois tipos de lepra, sendo então denominada lepra dimorfa.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é clínico-epidemiológico e laboratorial.
Em uma região do país em que a lepra é endêmica, quando não se dispõe de recursos laboratoriais, o diagnóstico é clínico (pelos sintomas).
Com o auxílio de laboratório faz-se biópsia da lesão e colhe-se a linfa cutânea dos lóbulos das orelhas e dos cotovelos (baciloscopia).
Procura-se o BAAR (Bacilo Álcool Ácido Resistente), a micobactéria. Apesar de os resultados da baciloscopia técnica de Ziehl-Neelsen e da biopsia técnica de Fite-Faraco darem negativos para a presença do M. leprae (nos casos do polo tuberculóide quase não há bacilos - eles foram destruídos pelo sistema imune), na prática médica, estes exames continuam sendo realizados pelo direcionamento que podem dar ao tratamento da doença: multibacilar ou paucibacilar. Apesar da OMS já ter modificado a classificação operacional internacional para a simples contagem de número de lesões cutâneas (até 5 lesões = paucibacilar e 6 ou mais lesões = multibacilar).

TRATAMENTO
Hoje em dia, a lepra é tratada com antibióticos, e esforços de Saúde Pública são feitos para o diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, além de próteses de pacientes curados e que tiveram deformações e para a prevenção voltada principalmente para evitar a disseminação. Contudo, o tratamento é longo e controle governamental (no Brasil) tão intenso que é vetado ao médico tratar a doença: apenas profissionais especialmente treinados especificamente para tal podem prescrever e acompanhar o tratamento.
Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. A OMS recomenda desde 1981 uma poliquimioterapia (PQT) composta de três medicamentos: a dapsona, a rifampicina e a clofazimina. Essa associação destrói o agente patogênico e cura o paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.
Quando as lesões já estão constituídas, o tratamento se baseia, além da poliquimioterapia, em próteses, em intervenções ortopédicas, em calçados especiais, etc. Além disso, uma grande contribuição à prevenção e ao tratamento das incapacidades causadas pela lepra é a fisioterapia.

A Fisioterapia e a Hanseníase
Quando a doença afeta os nervos, o paciente pode desenvolver incapacidades físicas evoluindo para deformidades que causam limitações na vida social, diminuição da capacidade de trabalho e distúrbios psicológicos.
A fisioterapia é uma ferramenta importante para controlar a evolução dessas lesões permitindo a prevenção das incapacidades impostas pela hanseníase. A hanseníase afeta a parte motora do paciente. Com o tempo ele vai apresentar atrofias que não serão mais revertidas e ainda devido à falta de sensibilidade, o paciente vai fatalmente acabar esbarrando e machucando esse membro até que ele acaba sendo perdido.
As sessões de fisioterapia fazem parte do protocolo de tratamento e são oferecidas gratuitamente juntamente com a medicação. O fisioterapeuta da rede desenvolve uma avaliação minuciosa que consiste da realização de testes, como: a quantificação do grau de perda sensitiva; teste de sensibilidade e força muscular das mãos e pés e palpação de nervos periféricos.
As sessões de fisioterapia são realizadas em entidade conveniada com a SMS e os pacientes são encaminhados pelo fisioterapeuta do ambulatório. O tempo de tratamento e o número de sessões variam conforme resposta do paciente, havendo ainda aqueles que mesmo após receberem alta medicamentosa permanecem com as sessões.
Os exercícios e técnicas utilizadas durante as sessões afetam diretamente na qualidade de vida dos portadores, melhorando-a muito.

No Brasil o termo lepra foi substituído por Hanseníase, devido à discriminação sofrida pelos pacientes.
Ainda no Brasil, há a ONG MORHAN [4] que faz um trabalho contra o preconceito e ajuda aos portadores da doença.

Fonte: Wikipedia, Saude.gov.br, yahoo.com.br, morhan.org.br

O que é preciso para se registrar no Crefito?

Com a graça de Deus estou formado em Fisioterapia, até que enfim esse dia tão sonhado chegou, assim como eu, outros colegas também foram abençoados e devem estar com as mesmas dúvidas: E agora? Como faço pra tirar minha carteira do Crefito?
Para quem ainda não tem diploma o esquema funciona muito parecido com a 1ª Carteira de Motorista, a provisória. Só que nesse caso ela chama-se LTT - Licença Temporária de Trabalho. Veja a seguir, de acordo com o site do Crefito-7, o que você Fisioterapeuta recem formado vai precisar para obter a sua.

Solicitação de LTT

A realização dessa inscrição é imprescindível para todo profissional de Terapia Ocupacional e Fisioterapia formado, mas que ainda não possui o diploma e quer exercer a profissão. A Licença Temporária de Trabalho (LTT) tem validade de 1 ano e não é renovável. Antes do vencimento da LTT, o profissional deverá dar entrada na documentação necessária para o Registro Definitivo.

Para solicitar a LTT, primeiro o profissional deve preencher o requerimento que consta neste site e seguir as orientações de envio de documentação. Para quem for até a sede do Crefito-7 efetuar a solicitação, basta levar a original e a cópia de cada documento abaixo listado. Mas para quem enviar a documentação pelos correios, será necessário apenas o envio da cópia autenticada, sem as originais.

01 (uma) cópia do documento comprobatório da colação de grau, onde conste o número da portaria de reconhecimento da instituição de ensino do solicitante emitida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC);
01 (uma) cópia do documento de solicitação de expedição do diploma pela IES;
01 (uma) cópia da Carteira de Identidade (RG);
01 (uma) cópia do Cadastro de Pessoa Física (CPF);
01 (uma) cópia do Título de Eleitor;
01 (uma) cópia da certidão de nascimento ou certidão de casamento;
01 (uma) cópia do Comprovante de Quitação do Serviço Militar Obrigatório (para requerentes do sexo masculino com menos de 40 anos);
01 (uma) fotografia em tamanho 3x4 e 01(uma) fotografia em tamanho 2x2, colorida e recente. As duas fotografias devem ter segundo plano (fundo) branco.

*Para solicitações por representantes, o Crefito-7 só irá aceitar o pedido através de procuração registrada em cartório.

Extraído do site do Crefito - 7

Hérnia de Disco

1. INTRODUÇÃO
A coluna vertebral é composta de uma série de vértebras e realiza movimento como flexão, extensão, inclinações laterais e rotações de tronco. Tem como funções proteger a medula espinhal, sustentar a cabeça e servir como ponto de fixação para as costelas e os músculos do dorso.
A coluna vertebral de um adulto é dividida em 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais e 4 vértebras coccígeas, sendo as sacrais e coccígeas imóveis. Entre as vértebras há discos intervertebrais compostos de uma parte periférica, consistindo de fibrocartilagem (anel fibroso), e uma parte central mole (núcleo pulposo), altamente elástica. Os discos intervertebrais cartilaginosos são de 3 a 7 mm de espessura, e do diâmetro do corpo das vértebras correspondentes. Têm como função ligar uma vértebra a outra, permitindo a sua mobilidade e atuando como um colchão de água, ao se deslocarem em direção à área vertebral de maior pressão.
As vértebras lombares (L1-L5) são as maiores e mais fortes da coluna. Os processos são bem adaptados para a fixação dos grandes músculos do dorso.

2. ANEL FIBROSO
Ela é constituída de 12 a 20 densas camadas de fibras colágenas e de fibrocartilagem alinhadas em ângulos agudos de 60º a 65º com o eixo da coluna vertebral, com a inclinação se alternando em camadas sucessivas, e com origem e inserção nos corpos vertebrais adjacentes. As camadas anulares agem conjuntamente apresentando a metade das fibras em estiramento em cada direção de rotação.
Devido à orientação das fibras, o anel proporciona ao disco uma força tensiva quando a coluna é separada, rodada ou inclinada.
O anel age para absorver as forças que chegam na articulação, e contém o núcleo pulposo que age como um fulcro de movimento para os 3 graus de liberdade em cada nível. As fibras externas do anel podem produzir dor na distribuição dos dermátomos quando estiradas.
Os círculos concêntricos organizados do anel proporcionam força tensiva ao disco. O movimento é permitido, ainda que algumas fibras fiquem tensionadas dependendo da direção para a qual a coluna vertebral se inclina, gira ou faz atrito e, portanto, se comportará similarmente aos ligamentos.

3. NÚCLEO PULPOSO
Ele é um gel mucopolissacarídeo contida no centro da camada mais interna do anel fibroso que se altera nas suas características bioquímicas com a idade e com lesões. A alteração bioquímica diminui a resistência de capacidade de retenção de água do núcleo.
O núcleo contém aproximadamente 88% de água quando a retenção de águas está em seus níveis normais, o que o torna incompreensível.
Age como distribuidor de forças e fornece grande contribuição ao mecanismo de nutrição do disco através da liberação de água confinada durante as atividades de descarga de peso, e embebição de fluidos quando a pessoa está deitada.
Com a flexão de tronco a porção anterior do disco é comprimida e a posterior é separada. O núcleo pulposo, em geral, não se move no disco saudável, mas pode ter uma leve distorção com a flexão para redistribuição da carga através do disco. Uma carga assimétrica em flexão resulta em distorções do núcleo em direção à região póstero-lateral contralateral, onde as fibras do anel são mais alongadas.

4. PLACAS TERMINAIS CARTILAGINOSAS
Elas cobrem o núcleo pulposo superior e inferiormente e ficam ente o núcleo e os corpos vertebrais. As fibras colágenas do anel fibroso interno inserem-se na placa terminal e angulam-se centralmente, encapsulando assim o núcleo pulposo. A nutrição difunde-se da medula óssea dos corpos vertebrais para o disco através das placas terminais.


5. LESÃO E DEGENERAÇÃO DO DISCO
Pode acontecer devido ao colapso por fadiga onde com sobrecargas de torção, o anel torna-se distorcido, mais em região póstero-lateral oposta à direção da rotação. As camadas do anel fibroso externo perdem sua coesão e começam a separar-se umas das outras.
Cada camada age então como uma barreira separada para o material nuclear. Por fim, ocorrem lacerações radiais e comunicação do material nuclear entre as camadas.
Com flexões de tronco e sobrecargas de levantamento repetidas, as camadas do anel são distendidas; elas tornam-se firmemente agrupadas nas regiões póstero-laterais, desenvolvem-se fissuras radiais e o material nuclear migrar para as fissuras. As camadas externas das fibras anulares podem conter o material nuclear enquanto ainda são uma camada contínua. Após uma lesão, há a tendência de o núcleo edemaciar-se e distorcer o anel. A distorção é mais grave na região onde as fibras anulares são alongadas. Se as camadas externas se romperem, poderá ocorrer extrusão do material nuclear através das fissuras.
A regeneração é tentada, mas há má circulação no disco e qualquer reparo fibroso é mais fraco do que o tecido normal e leva um longo tempo devido ao estado relativamente avascular do disco.
A lesão e degeneração do disco podem acontecer também por uma ruptura traumática do anel pode ocorrer de uma única vez ou ser sobreposta a um disco onde esteja ocorrendo o colapso gradual dos círculos do anel. Isso é visto mais comumente em lesões traumáticas de hiperflexão.

6. PATOLOGIAS DE DISCO
As protrusões de disco (desarranjos) são condições que podem ocorrer em decorrência de posturas prolongadas em flexão, microtraumas repetitivos em flexão ou lesões traumáticas em flexão. Inicialmente os sintomas podem ser exacerbados quando se tenta a extensão, porém depois podem diminuir com o uso de movimentos de extensão cuidadosamente controlados. Vários estudos tem documentado que pacientes com núcleo pulposo herniado que tiveram redução de sintomas com uma abordagem extensora de tratamento responderam favoravelmente ao tratamento conservador não-cirúrgico.


7. HÉRNIA DE DISCO OU PROTUSÃO DISCAL
É uma patologia em que parte do núcleo pulposo faz protrusão em uma área enfraquecida ou fissurada do anel.
A protrusão do disco exerce pressão sobre o ligamento longitudinal, podendo ocasionar dor intensa na região inferior das costas, provocando quadros de lombalgia, lombociatalgia, ou mais raramente, a sindrome da cauda eqüina. Se a protrusão for grande, ela faz pressão sobre a raiz do nervo podendo resultar em dormência, formigamento ou fraqueza nos músculos supridos por esta raiz do nervo.
É mais freqüente em região lombar, porém pode ocorrer em qualquer local da coluna vertebral.


Pode ser desses tipos:
- Prolapso (protrusão contida): é uma protrusão do núcleo que ainda esta contida nas camadas externas do anel fibroso e nas estruturas ligamentares de suporte.


- Extrusão: uma protrusão na qual o núcleo pulposo se rompe através do anel externo e fica sob o ligamento longitudinal posterior.


- Seqüestro livre: o núcleo que sofreu extrusão move-se para longe da área prolapsada.


8. EFEITO NA BIOMECÂNICA VERTEBRAL
A lesão ou degeneração do disco afeta a biomecânica da coluna em geral. Inicialmente há aumento da mobilidade do segmento maior do que a normal, com flexão/extensão e translação do corpo vertebral para frente e para trás. A distribuição de força ao longo de todo o segmento é alterada, causando forças anormais nas facetas e nas estruturas de suporte.


9. INCIDÊNCIA
Entre 20 e 55 anos de idade, mas com mais freqüência entre os 30 e 40 anos são mais suscetíveis à lesões sintomáticas de disco. Exceto em casos de trauma, o surgimento sintomático na coluna lombar esta geralmente associado aos simples atos de inclinar-se, inclinar-se e levantar um objeto ou tentar ficar em pé depois de ter estado por muito tempo deitado, sentado ou inclinado para frente. Como o anel se enfraquece devido à fadiga pela carga com o tempo, ele tem menos capacidade de suportar pressões aumentadas quando há sobrecargas desproporcionalmente mais altas, podendo ocorrer o prolapso do material nuclear através das lacerações das fissuras que mais comumente são póstero-laterais e, com o aumento das pressões, pode fazer uma saliência contra as fibras anulares externas, causando uma distorção do anel; ou pode ocorrer extrusão do material nuclear do disco através de fissuras completas do anel.
A pessoa pode ou não ter uma sensação de algo rasgando. Muitos pacientes têm uma historia de má postura em flexão.


10. TIPOS DE HÉRNIA DISCAL
- Posterior
- Póstero-lateral (mais comum)
- Póstero-bilateral

11. MECANISMO DE LESÃO
O mecanismo de lesão mais comum é a torção (rotação de tronco) da coluna ou levantar (flexão de tronco) um objeto do solo, sendo essa carga não necessariamente pesada para causar a lesão.
Normalmente essa lesão ocorre, pois a coluna não está preparada para suportar o estresse do levantamento da carga naquele momento.
A compressão da vertebra também é uma das causas da H. de disco.




12. ETIOLOGIA
- Diminuição do espaço intervertebral;
- Formação osteofitária;
- Desequilíbrios biomecânicos: causados por desequilíbrios dos estabilizadores dinâmicos (músculos) e estáticos (estruturas ligamentares, articulações);
- Obesidade;
- Atividade ocupacional;
- Atividade esportiva;
- Traumas severos sobre a coluna

13. SINAIS E SINTOMAS
Os sinais mais comuns são, dormência, formigamento e fraqueza podendo estar presentes mesmo na ausência de qualquer intensidade de dor significativa. Há aumento de dor ao tossir e nos teste da elevação da perna estendida. Exercícios de flexão também aumentam a dor e os de extensão trazem alivio, e isto ocorre, pois na extensão lombar o disco se movimenta anteriormente, para longe da protrusão.
Comportamento da dor: a dor pode aumentar gradualmente quando a pessoa está inativa, como quando fica sentada ou após uma noite de repouso. O paciente, em geral, descreve um aumento da dor quando tenta sair da cama de manha ou ao se levantar. Os sintomas são geralmente agravados com atividades que aumentam a pressão intradiscal, como ficar sentado e inclinado para frente, tossir ou fazer um esforço isométrico, ou ao tentar ficar em pé após ter estado em uma posição flexionada. Geralmente os sintomas são amenizados durante a caminhada.
Dor aguda: quando há uma lesão do disco lombar, inicialmente o desconforto é observado na região lombossacral ou nas nádegas. Alguns pacientes experimentam uma dor que se estende para a coxa.


14. ETIOLOGIA DOS SINTOMAS
O disco é basicamente aneural; nem todas as protrusões de disco são sintomáticas.
Dor: os sintomas surgem devido à pressão da protrusão contra estruturas sensíveis à dor (ligamentos, dura-máter e vasos sangüíneos em torno das raízes nervosas).
Sintomas e sinais neurológicos: eles surgem devido à pressão contra a medula espinal ou raiz\es nervosas, gerando fraqueza motora especifica e aliterações sensoriais em dermátomos específicos. A dor irradiando em um padrão de dermátomo, o aumento da atividade mioelétrica nos posteriores da coxa, a diminuição no teste de levantamento da perna estendida e os reflexos tendinosos profundos deprimidos também podem estar associados a estímulos de dor referida provenientes dos músculos espinhais, dos ligamentos interespinhais, do disco e das facetas articulares, e portanto, não são sinais verdadeiros de pressão na raiz nervosa.

Variabilidade dos sintomas: os sintomas variam dependendo do grau e da direção da protrusão.
Protrusões posteriores ou póstero-laterais são mais comuns. Com uma pequena lesão posterior ou póstero-lateral, pode haver pressão contra o ligamento longitudinal posterior, contra a dura-máter ou suas extensões em torno das raízes nervosas. O paciente pode descrever uma dor intensa na linha media da região lombar alastrando-se através da coluna para as nádegas e coxas.
Uma protrusão posterior larga pode causar sinais medulares como perda de controle da bexiga e anestesia em sela.
Uma protrusão póstero-lateral larga pode causar sinais parciais de medula espinal ou raiz nervosa.
Uma protrusão anterior pode causar pressão contra o ligamento longitudinal anterior, resultando em dor na coluna. Pode não haver sinais neurológicos.
Os níveis mais comuns de protrusão são os segmentos entre a quarta e quinta vértebras lombares e entre a quinta vértebra lombar e o sacro, embora possa ocorrer uma lesão em qualquer nível.
Mudança de sintomas: os sintomas podem se alterar se houver integridade da parede anular, porque o mecanismo hidrostático ainda está intacto.
Inflamação: os conteúdos do núcleo pulposo no canal neural podem causar uma reação inflamatória e irritar o saco dural, os envoltórios de suas raízes nervosas ou as raízes nervosas. Os sintomas podem persistir por períodos extensos e não responder a alterações puramente biomecânicas. A dor lombar pode ser pior do que a dor na perna durante o teste de levantamento da perna estendida. A resolução ruim desse estimulo inflamatório pode levar a reações fibróticas, comprometimentos na mobilidade dos nervos e dor crônica. Geralmente é necessária a intervenção medica precoce com agentes antiinflamatórios.

15. PARTES DO CORPO AFETADAS
Vértebras, músculos paravertebrais, ligamentos espinhais, nervos, discos e facetas articulares.


16. FONTES POTENCIAIS DE DOR LOMBAR
Estreitamento do espaço posterior do disco e do forame intervertebral. Isso pode comprimir a dura-máter e os vasos sangüíneos da raiz nervosa relacionada, ou a própria raiz nervosa, especialmente se houver alterações degenerativas nas vértebras ou no disco.

17. POSTURA RELAXADA OU DESLEIXADA
Esse tipo de postura facilita o estreitamento do forame intervertebral na coluna lombar inferior que pode comprimir os vasos sangüíneos, a dura-máter e as raízes nervosas, especialmente em condições artríticas.
Um programa de exercícios mal elaborados que enfatize a flexão torácica sem equilibrar a força com outros exercícios apropriados e treinamento postural, pode perpetuar esses comprometimentos.




18. POSTURA DE ACHATAMENTO LOMBAR
Ficar continuamente relaxado ou flexionado nas posturas sentada e em pé; ênfase excessiva em exercícios de flexão nos programas gerais de exercício pode ser causas comuns para uma provável hérnia de disco.

19. ACHADOS CLÍNICOS DA COLUNA LOMBAR
O paciente geralmente prefere ficar em pé e andar a ficar sentado.
O paciente pode ter uma diminuição ou perda de lordose lombar e apresentar algum desvio lateral da coluna.
A inclinação para frente é limitada. Ao repetir o teste de inclinação para frente, os sintomas aumentam ou sentem eles descerem para a perna.
A inclinação para trás é limitada; ao repetir o teste de inclinação para trás, a dor diminui ou os sintomas retrocedem da perna ou se tornam localizados na coluna, com exceções como: se há um desvio lateral da coluna, a inclinação para trás aumenta a dor e se o desvio é corrigido primeiro, então a inclinação para trás repetida ameniza ou centraliza a dor; se a protrusão não pode ser reduzida mecanicamente, a inclinação para trás torna os sintomas periféricos ou piores; se há protrusão anterior, a inclinação para trás aumenta a dor e a inclinação para frente alivia.
O teste de flexão lombar passiva em decúbito dorsal e a extensão passiva em decúbito ventral geralmente produzem sinais similares aos dos testes feitos em pé, porem os resultados podem ser menos intensos porque a gravidade é eliminada.
Dor entre 30º e 60º de levantamento da perna estendida é considerada positiva para interferência de mobilidade dural, porém não patognomonica para uma protrusão de disco.



20. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Feito através da:
* Identificação (Idade, Profissão, Estado Civil);
* Anamnese (Queixa Principal do paciente, HMA/HMP);
* Avaliação clínica:
- Inspeção: posicionamento da pelve em anteroversão ou retroversão, angulação lordose, desvios;
- Palpação: crista ilíaca, espaço intervertebral, processo espinhoso, face posterior do cóccix, trocanter maior, tuberosidade isquiática, espinha ilíaca póstero-superior;
- ADM: flexão, extensão, inclinação lateral de tronco;
- Reflexos: patelar, oriundos da raiz L2, L3, L4, mais predominantemente de L4 e também aquileu;
- Sensibilidade: dermátomo de L4 cobre a face medial da perna. Dermátomo de L5 é responsável pela parte lateral do fêmur e o dorso do pé. O dermátomo de S1 cobre o maléolo lateral e a face lateral da superfície plantar do pé.
- Força Muscular: testar ações musculares de MMII;
- Testes Especiais: Valsalva, Laségue, Elevação de Membros Inferiores



21. DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
- Raios-X: De uma forma geral é o primeiro exame a ser solicitado, com objetivo de avaliar estrutura óssea da coluna, seus espaços, corpos vertebrais isoladamente e em conjunto, podendo ser observado sinais de fraturas, desgastes e lesões tumorais. No caso de hérnia discal, um sinal importante ao Raio X é a redução do espaço discal, chamado de pinçamento entre as vértebras, ocorrendo a aproximação dos corpos vertebrais de forma anormal.
- Mielografia: É o RX, com injeção de contraste no canal vertebral peridural. Por se tratar de exame mais agressivo, pela injeção de contraste com agulha e por mostrar uma imagem indireta do disco tem sido pouco usado.
- Tomografia Computadorizada: É um exame mais moderno que o Raio X e a Mielografia, sendo indicada para avaliação da estrutura óssea e, também, da hérnia discal que é um tecido gelatinoso e fibroso.
- Ressonância Nuclear Magnética: Atualmente é o melhor exame que se dispõem para o diagnóstico da hérnia de disco e para investigação se há compressão e lesão da medula. É um exame que mostra com grande clareza e detalhes os tecidos menos densos que o osso, baseando-se na quantidade de água que há na estrutura estudada. Podem ser avaliadas várias estruturas como ligamentos, músculos, cartilagem e medula. Por exemplo, a presença de lesão intramedular “mielopatia“, onde ocorre acúmulo de líquido na medula (inflamação e edema).

22. TRATAMENTO CIRÚRGICO
- Artrodese Lombar: Uma artrodese é uma cirurgia que fixa vértebras vizinhas com uma ponte de osso, mantendo-as alinhadas, estáveis e fortes. Na maioria das artrodeses é feita colocação de materiais de fixação, como parafusos de titânio ou espaçadores, para aumentar os índices de sucesso da fusão óssea. Embora a artrodese limite a mobilidade de da coluna, a maioria dos pacientes consegue realizar todos os movimentos necessários no dia a dia.
- Discectomia clássica: emprego de lupa e foco frontal, realizando o deslocamento de apenas um dos lados, com retirada de uma pequena porção da lâmina e com cobertura do ligamento amarelo, expondo-se o saco dural.
- Nucleotomia percutânea
- Microdiscectomia


23. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
- Analgésicos
- Antiinflamatórios não esteróides - AINEs
- Antiinflamatórios esteróides – AIE
- Relaxantes Musculares
- Antidepressivos
- Corticóides






24. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Objetivos:
- Melhorar a ADM
- Diminuir quadro álgico e processo inflamatório;
- Corrigir desalinhamento postural (incluindo qualquer desvio lateral);
- Orientar sobre as AVDs e ergonomia;
- Fortalecer músculos estabilizadores de coluna lombar e membros inferiores;
- Diminuir os estresses causadores da compressão e reduzir sobrecarga da articulação
Condutas:
- Alongamento de coluna lombar e de MMII;
- Eletroterapia (TENS, Ultra-som, CIV, CDB, OCP);
- RPG, alongamento, exercícios posturais;
- Falar para o paciente modo correto de abaixar para pegar pesos, sobre como se manter sentado, como se levantar da cama, como permanecer em seu serviço;
- Cinesioterapia (exercícios ativos e ativo-resistidos, exercícios de extensão passiva);
- Hidroterapia, tração manual, pompagem

25. CONTROLE MUSCULAR DA COLUNA LOMBAR
Músculos como transverso do abdome, obliquo interno do abdome, oblíquo externo do abdome, reto do abdome, quadrado lombar, multifideos, intersegmentares, eretores da espinha superficiais e iliopsoas, são importantes para uma boa estabilidade postural da coluna vertebral evitando posturas que facilitem o aparecimento da hérnia de disco.

26. PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO DA COLUNA E DE REEDUCAÇÃO DA POSTURA
As incapacidades geradas em um individuo com herniação dependerão da extensão da lesão. Se a medula espinal for envolvida, poderá ocorrer até paralisia completa. Se as raízes nervosas forem envolvidas (também a causa eqüina), poderão ocorrer graus variáveis de fraqueza muscular em miótomos específicos, o que pode ou não interferir nas atividades diárias pessoais e ocupacionais do individuo. As raízes nervosas do quarto inferior afetam a função dos membros inferiores, especialmente em atividades de apoio de peso.

27. POSTURA
O nível de pressão intradiscal quando o individuo está em pé, a pressão intradiscal é menor quando em decúbito dorsal, aumenta 50% na posição sentada com quadris e joelhos flexionados e quase dobra ao inclinar-se para frente na posição sentada. Sentar-se com uma inclinação de 120º no encosto da cadeira e com um suporte lombar de 5 cm de profundidade proporciona a menor carga ao disco na posição sentada.
Portanto, quando há uma lesão aguda de disco deve-se evitar sentar com quadris e joelhos flexionados ou inclinando-se para frente. Se for necessário sentar, deve haver um suporte para a coluna lombar reclinando o tronco para 120º.

28. REPOUSO
O individuo deitado em repouso com a coluna em flexão, o fluido acumula-se posteriormente no disco onde há mais espaço. Então, ao ficar em pé, o peso corporal comprime o disco que está com mais fluido aumentando bastante a pressão intradiscal. Isso acentua a dor ou os sintomas de uma protrusão de disco. Para evitar a exacerbação de sintomas, deve ser evitado o repouso absoluto no leito durante a fase aguda. O repouso no leito nos primeiros dois dias, quando os sintomas são altamente irritáveis, pode ser necessário para promover o inicio da regeneração, mas deve ser intercalado com pequenos intervalos em pé, andando e de movimento apropriadamente controlado.

29. TRAÇÃO
Ela pode aliviar os sintomas devido a uma protrusão de disco, pois haverá uma separação dos corpos vertebrais diminuindo a pressão intradiscal. A tração produzindo o alívio dos sintomas, o tempo de tração precisa ser curto, pois com a redução da pressão, o disco pode embeber fluido para igualar a pressão. Então, quando a tração é liberada, a pressão aumenta e os sintomas são exacerbados.

30. FLEXÃO E EXTENSÃO
O repouso em uma posição levemente inclinada para frente em geral, ameniza a dor devido ao espaço potencial para o núcleo pulposo do disco. O paciente pode também desviar lateralmente o tronco para minimizar a pressão contra uma raiz nervosa. O movimento em extensão no inicio causa aumento dos sintomas. Em lesões agudas de disco com desvio lateral protetor e flexão lombar, tem-se mostrado que as técnicas que produzem desvio lateral da coluna para o lado oposto ao desvio protetor seguido por extensão passiva da coluna, para comprimir biomecanicamente a protrusão, aliviam os sinais e sintomas clínicos em muitos pacientes.Pacientes que experimentam dor devido a estase de fluido após terem estado em uma postura flexionada sustentada também sentem alivio com o movimento de extensão.

31. EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS E DINÂMICOS
Atividades isométricas como exercícios de inclinação pélvica resistida, esforço isométrico, manobra de Valsalva, assim como exercícios ativos de flexão e extensão da coluna, aumentam as pressões intra-discais acima do normal, e portanto, devem ser evitados durante o estagio agudo. Contrações musculares fortes também exacerbam os sintomas quando o músculo está lesado. Por isso, exercícios de extensão ativos e resistidos são evitados durante os estagio agudo.

32. HIDROTERAPIA
Ela é um dos tratamentos considerado mais adequado para a hérnia de disco, pois as propriedades físicas da água, principalmente a flutuação, possuem repercussões positivas em relação à hérnia proporcionando alívio da dor, melhora da postura e mobilidade, normalização dos sinais neurológicos e da qualidade de vida. A flutuação auxilia no aumento dos espaços intervertebrais. O paciente é orientado a permanecer em retroversão pélvica, retificando a lordose lombar, ajudando no aumento dos espaços entre as vértebras e alívio da compressão radicular. Orienta-se também a retificação da lordose cervical, mantendo a coluna alinhada.
Os exercícios de reeducação postural agem alongando a musculatura paravertebral de toda coluna e são realizados em concordância com a respiração.
Percebe-se a importância da postura na prevenção da hérnia de disco. As orientações de posicionamento funcional para as atividades de vida diária e ocupacionais são essenciais para evitar as recidivas.
Um dos benefícios mais importantes da reabilitação aquática é a intervenção precoce, visto que na fase aguda da patologia os exercícios em terra não são toleráveis por aumentar as cargas compressivas na coluna. Na água, essas forças são bem reduzidas, favorecendo um programa de reabilitação mais intenso e precoce sem prejudicar a coluna.
Objetivos na Hidroterapia:
- Melhorar mobilidade pélvica, mantendo a lordose fisiológica (neutra);
- Fortalecer musculatura tônica (estabilizadores de tronco);
- Fortalecer a musculatura abdominal;
- Melhorar amplitude de movimento
Conduta na Hidroterapia:
- Aquecimento leve com corrida ou caminhada de frente, costas e passada lateral;
- Alongamento unilateral de isquiotibiais utilizando flutuador. O paciente permanece na posição ortostática encostado na parede com o membro contralateral em tríplice flexão. O fisioterapeuta estabiliza a pelve e auxilia na dorsiflexão do tornozelo. Duração do exercício: 10 a 15 segundos;
- Alongamento de grande dorsal na barra fixa. O paciente será posicionado em decúbito lateral com um membro superior aduzido (segurando na barra). O fisioterapeuta estabiliza a pelve e o joelho do paciente. Duração do exercício: 10 a 15 segundos;
- Alongamento unilateral de flexores de quadril e adutores de quadril na barra fixa utilizando flutuador. O paciente permanece na posição ortostática com tríplice flexão do membro contralateral. O fisioterapeuta estabiliza a pelve do paciente. Duração: 10 a 15 segundos;
- Tração dorso-lombar. O paciente em supino segura na barra fixa. O terapeuta realiza a tração nos membros inferiores com as mãos acima dos maléolos;
- Fortalecimento abdominal, individuo segurando a bola com os membros inferiores, ou paciente em tríplice flexão com fisioterapeuta realizando turbulência e paciente tentando manter a postura (exercícios isométricos);
- Fortalecimento de paravertebrais utilizando a prancha. Individuo flutuando e batendo os pés;
- Relaxamento global
Na água o terapeuta ensina ao paciente como manter a coluna em posição neutra e nas posições funcionais. Essa posição neutra é definida como a posição que garante maior estabilidade e menor estresse para a coluna. O próximo passo seria o fortalecimento do tronco proximal para desenvolvimento da postura a facilitar função. Desde que o paciente esteja hábil para manter a coluna neutra (através do fortalecimento dos abdominais), o paciente deverá realizar uma série de exercícios de estabilização com o objetivo de criar um feedback no centro de controle motor para manter sempre esta estabilização.

33. PROGNÓSTICO
O prognóstico para hérnia de disco será bom se feito um diagnóstico rápido e preciso e um bom tratamento. Também irá depender de cada paciente e de como estará sua Hérnia de Disco e de como irá reagir a terapia. É importante saber que em caso de tratamento convencional, medicamentoso não resolverem o problema o mais indicado será o tratamento cirúrgico.

34. CONCLUSÃO
A hérnia de disco é na verdade uma combinação de fatores biomecânicos, alterações degenerativas do disco e situações que levam a aumento de pressão sobre o disco.

35. BIBLIOGRAFIA
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CAMPION, Margaret Reid. Hidroterapia: princípios e práticas. Editora Manole